Petrobras tenta conter greve com oferta de dinheiro para quem não aderir

No último ato dos trabalhadores da Petrobrás que estão em greve realizado em Sergipe, realizado na sexta-feira, 14, a coordenadora do Sindicato dos Petroleiros de Alagos e Sergipe (Sindipetro), Gilvani Santos, afirmou que cerca de 90 unidades já tinham aderido ao movimento. Essa é a maior greve dos servidores da estatal desde 1995. O que motivou os sindicatos ao início do manifesto foi o fechamento de uma fábrica de fertilizantes no Paraná, com a demissão de 396 funcionários concursados e 600 terceirzados. A Petrobrás agora tenta negociar com oferta de dinheiro para quem não aderir à paralisação. 

A greve dos funcionários da Petrobrás teve início no dia 1º de fevereiro, e já foi anunciado pela própria Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) sobre o risco de a greve afetar o abastecimento de combustíveis no país. 

A Petrobrás, por sua vez, está agora tentando conter a greve oferencendo pagamentos aos que continuarem com as atividades e não aderirem ao movimento. Em email interno obtido pela BBC News Brasil, a companhia anunciou uma antecipação do pagamento do prêmio por performance dos funcionários —que substitui o pagamento de participação nos lucros da empresa, extinto desde o ano passado.

"Em reconhecimento aos empregados que têm trabalhado para garantir a realização das atividades normais da companhia desde 1º de fevereiro, a Petrobras decidiu antecipar parte do pagamento do Prêmio por Performance (PPP) 2019", diz o comunicado interno.

"O pagamento ocorrerá no dia 28 de fevereiro e um contracheque específico estará disponível no próximo dia 22. A quitação do PPP 2019 a todos os empregados elegíveis será paga no dia 29 de maio de 2020, após a deliberação da Assembleia Geral Ordinária, de acordo com as regras do programa e após a avaliação de cumprimento de metas e desempenho individual", afirma a empresa na mensagem interna.

|Fonte: Folha de São Paulo

||Foto: André Moreira