11/06/2018 as 10:44
No país, 1.153 municípios brasileiros, 22% do total, têm alto índice de infestação e risco de surto para dengue, zika e chikungunya.
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As chuvas que trazem bonança na mesa dos sergipanos também trazem preocupação. E a grande preocupação é com a dengue. Apesar da Secretaria de Estado da Saúde ter a situação sob controle, com redução de casos, é preciso continuar alerta. É o que faz o Ministério da Saúde. No país, 1.153 municípios brasileiros, 22% do total, têm alto índice de infestação e risco de surto para dengue, zika e chikungunya.
Com esses números é preciso intensificar as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor das doenças, mesmo durante o outono e o inverno. Nessas estações, a tendência seria de cair a incidência de doenças associadas ao mosquito.
O mapeamento foi feito com base no Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), que compila informações enviadas por gestores municipais. Neste caso, os dados foram coletados entre janeiro e meados de março. O LIRAa mostra que, além dos municípios que estão em situação mais vulnerável, 2.069 estão em alerta e 1.711 apresentam índices satisfatórios.
É necessário dar mais atenção às ações de combate ao mosquito. A prevenção não pode ser interrompida, mesmo no período de chuva. Os riscos de ocorrência de novos surtos são elevados, pois no caso da chikungunya, por exemplo, a população imune, inclusive por já ter contraído a doença, é relativamente baixa.
A manutenção desse patamar (nacional) de incidência, poucos anos após surtos de doenças terem chamado a atenção do país, reflete a falta de políticas que integram ações preventivas eficazes e de conscientização da população. A situação deriva também de outros problemas, como a urbanização precária das cidades brasileiras e a descontinuidade no fornecimento de água, o que faz com que parte da população tenha de armazená-la, o que pode gerar criadouros de mosquitos.
Em Sergipe, segundo a Secretaria de Saúde, os números tiveram queda expressiva. Num comparativo feito entre o primeiro trimestre de 2017 e o de 2018 deu origem à identificação de 191 casos prováveis de dengue no primeiro ano e 36, no segundo.
Quanto à chikungunya, 103 casos prováveis foram registrados no primeiro trimestre do ano passado, comparado a sete, no mesmo período deste ano. Os casos prováveis de zika vírus totalizaram 16 no primeiro trimestre de 2017 e apenas um no mesmo período de 2018. Os números em Sergipe são positivos, mas a dengue pede cuidados, pede que as equipes de prevenção estejam sempre alerta.