19/07/2018 as 10:38

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VAR: o Brasil precisa dele



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Com o final da Copa do Mundo, que não nos trouxe nenhum benefício, creio que possamos ter um(video assistant referee) para nos auxiliar nas grandes celeumas que nos assustam em relação à miscelânea de petições e a enxurrada de decisões que prendem e soltam condenados famosos, e na disputa eleitoral que confunde o povo que não sabe o que está certo ou errado. É hora de termos um olhar tecnológico fora do campo jurídico e político para que voltemos a viver com segurança jurídica e paz.


Opoderá ser usado nas campanhas eleitorais ou nas pré-campanhas que já se instalaram nas ruas do país. São tantos os pré-candidatos, que o ideal seria deixar que cada cidadão, que desejasse ocupar cargo eletivo, pudesse apresentar suas ideias e fazer campanha desde o dia em que decidir concorrer. A farsa da pré-candidatura desmoraliza o pleito e permite o mascaramento das campanhas, favorecendo os que não têm medo da Justiça Eleitoral. É imenso o número de pessoas que se apresentam como futuros postulantes, fazendo promessas e recolhendo fundos de cidadãos esperançosos de vida melhor.


O final da Copa do Mundo na Rússia se assemelha ao nosso momento político. Não temos mais uma seleção brasileira de futebol. O nosso time é de estrangeiros que se dizem brasileiros e entram em campo para enfrentar seus colegas das bilionárias equipes europeias que cuidam mais de suas preciosas canelas do que de honrar o azul e amarelo do nosso uniforme Nike.


A semelhança com a política é a constatação de que o nosso presidente, que vinha tão bem no início do seu mandato, diferentemente do Tite que é recebido com carinho na derrota, sofre com o olhar enviesado do povo. Nas pesquisas de avaliação é considerado o pior presidente que tivemos, quando o pior, mesmo, é o ex-presidente julgado, condenado e preso.


Temer, como se fosse o técnico da Espanha, foi atingido por um touro provocado por bandeirola vermelha e não consegue recuperar seus bons momentos. Hoje, o dito golpe repetido à exaustão se transformou e golpeia o presidente sem dó nem piedade.


No momento, todo cuidado é pouco. O fantasma Bolsonaro continua assustando, mesmo em dia claro e sem tempestade. Arrastando suas correntes, de arma em punho, o pré-candidato convoca seguidores e fecha a carranca, quando questionado sobre os seus métodos e propostas. Sem conhecimento profundo sobre os problemas nacionais, e sem experiência executiva, o ex-soldado busca ser o imperador do país, disposto a incendiar nossa República e instalar a sua ditadura-democrática, onde os que não se metem em política podem viver livremente, como já ocorre em países controlados pelo poder.


Por outro lado, os paulistas, os paranaenses e os eleitores que desejam um país bem governado, sem conflitos e democrático sabem que dois pré-candidatos preenchem os requisitos para serem escolhidos: Geraldo Alckmin e Álvaro Dias, ambos são políticos com ficha-limpa, experientes e espírito público. Se fossem candidatos na mesma coligação fariam uma ótima dupla; no entanto, a solução deverá ser a de sempre: sul e os outros.
Os demais candidatos farão suaves ou agressivos discursos e seguirão em frente, elegendo representantes na Câmara e no Senado, colaborando com os destinos do país ou atazanando a vida do novo presidente. Assim, deixaremos de ser o país que era do futuro, para sermos o país que quer ser o país do passado.

 

Paulo Castelo Branco advogado