15/08/2018 as 07:55

Artigos

EDITORIAL: Registro de candidaturas

Os candidatos estarão autorizados a promover manifestações públicas- caminhadas, carreatas e comícios.

COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Termina hoje o prazo legal para que as coligações e partidos encaminhem ao TRE as atas de suas convenções tendo em anexo os listões com os nomes de seus candidatos ao pleito eleitoral de outubro deste ano, quando estarão em disputa as cadeiras para a Presidência da República, o Senado, a Câmara Federal, os Governos dos Estados e as Assembleias Legislativas.


O processo de encaminhamento da documentação dos partidos e candidatos garante o início no dia seguinte, 16, das campanhas eleitorais de rua. Os candidatos estarão autorizados a promover manifestações públicas – caminhadas, carreatas, comícios e distribuição de material gráfico, além de propaganda na internet, desde que não paga.


A liberação, que tanto agrada os candidatos, é motivo de irritação para os eleitores. A barulheira e a sujeira tomam conta das cidades. A caça ao voto é um processo que também atrapalha o trânsito e gera protestos de motoristas. Os carros de som são inconvenientes nos espaços urbanos.


O uso de carro de som é uma forma de promoção política que induz o eleitor a saber (decorar) nome e número dos candidatos. O pior dessa situação é que a quantidade desses instrumentos promocionais aumenta quanto mais se aproxima a data do pleito, no caso deste ano o dia 7 de outubro.


O TSE e os TREs têm até 24 de agosto para elaborarem – junto com os partidos políticos e a representação das emissoras de televisão e de rádio – plano de mídia para uso da parcela do horário eleitoral gratuito a que tenham direito, garantida a todos a participação nos horários de maior e menor audiência.


A propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão terá início em 31 de agosto (37 dias antes das eleições) e término no dia 4 de outubro. O período foi reduzido de 45 para 35 dias. E aí, os candidatos invadirão os nossos lares para fazer promessas, muitas das quais descabidas e que enervam a todos, do mais inocente ao mais exigente eleitor.


Mas, é preciso admitir, as campanhas eleitorais educam o eleitor para o convívio democrático. Só por isso, dá para suportar.