18/09/2018 as 07:39

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EDITORIAL: A urna e a Lava Jato

Dias Toffoli rebateu as críticas à confiabilidade da urna eletrônica e afirmou ser “lenda urbana” que a Corte atue para conter a Lava Jato.

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Embora nada seja possível usar como argumento, ao menos até agora, para desacreditar na inviolabilidade das urnas eletrônicas usadas nas eleições brasileiras há 20 anos, há insistentes boatos e a pregação da volta do voto no papel marcado com um “X” pelo eleitor. A urna é confiável.


Ontem, em entrevista coletiva, a primeira concedida desde que assumiu a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Dias Toffoli rebateu as críticas à confiabilidade da urna eletrônica e afirmou ser “lenda urbana” que a Corte atue para conter a Lava Jato.


Toffoli garantiu que o Supremo Tribunal Federal (STF) sempre deu suporte à Lava Jato e afirmou que já é hora de parar com essa lenda urbana, com esse folclore, pois o Supremo Tribunal Federal nunca deu uma decisão que parasse a Lava Jato ou outras investigações.


Mas o ministro destacou que o Supremo tem atuado para dar parâmetros legais às investigações e garantir o devido processo legal em alguns casos que eventualmente necessitem dessa intervenção. Quando as investigações se mostram abusivas, elas são, como devem ser, tolhidas pelo Judiciário, que é o que garante direitos individuais e fundamentais.


A respeito de afirmações recentes do candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, que levantou suspeitas de possível fraude nas urnas eletrônicas durante a votação, Dias Toffoli respondeu que “a urna é 100% confiável”. Os brasileiros também confiam nisso.


O ministro lembrou que Bolsonaro sempre foi eleito usando a urna eletrônica, essa afirmação é suficiente, disse Toffoli sobre as suspeitas levantadas pelo candidato. “Os sistemas são abertos a auditagem para todos os partidos políticos seis meses antes da eleição, para todos os candidatos e para a Ordem dos Advogados do Brasil”, destacou o presidente do STF.


Ele ressaltou ainda que pela primeira vez as eleições no Brasil serão acompanhadas por observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA). O ministro disse que tem gente que acredita em Saci Pererê.