02/10/2018 as 07:47

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EDITORIAL: País merece eleições limpas

As autoridades públicas também estarão atentas à disseminação das chamadas fake news.

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Há uma grande preocupação hoje com o jogo sujo nas eleições. O poder financeiro costuma fazer a balança das eleições pender e isso não pode ser mais tolerado. O uso de fake news é outro ponto preocupante. Historicamente, a semana que antecede o primeiro turno das eleições gerais no Brasil tende a registrar um crescimento do número de denúncias por crimes eleitorais.


A Polícia Federal relata que cerca de 40% dos 1.660 procedimentos investigatórios instaurados durante o período eleitoral das últimas eleições gerais, em 2014, foram ajuizados na semana que antecedeu o primeiro turno.


E para dar maior agilidade e eficácia ao seu trabalho de Polícia Judiciária Eleitoral e aperfeiçoar o apoio à Justiça Eleitoral, a PF criou o Centro Integrado de Comando e Controle das Eleições 2018 (Cicce).


Esse centro, que atuará com o apoio de 14 instituições e órgãos públicos federais, reúne diversos parceiros com a função de zelar para que a vontade do povo seja respeitada. Entre os crimes eleitorais mais comuns às vésperas do primeiro turno estão o Caixa 2, ou seja, o uso de dinheiro não contabilizado na prestação de contas aos tribunais eleitorais; a boca de urna; a propaganda eleitoral fraudulenta; o transporte de eleitores; e os crimes contra a honra (calúnia, injúria e difamação) de candidatos.


Esse pleito traz uma preocupação a mais, que é a segurança dos candidatos, já que houve um atentado contra um deles.


As autoridades públicas também estarão atentas à disseminação das chamadas fake news, informações mentirosas que durante o processo eleitoral é criada e divulgada com o objetivo de beneficiar determinados candidatos ou prejudicar seus concorrentes. As fake news têm o efeito de turbar, de desinformar e criar situações prejudiciais até mesmo ao andamento das eleições.


A PF também está monitorando as atuações de organizações criminosas que, eventualmente, possam tentar interferir no processo eleitoral. A instauração do centro integrado permitirá às autoridades acompanharem, em tempo real, todos os crimes que estejam sendo investigados pela PF, principalmente os crimes eleitorais, reduzindo o tempo de resposta nos atendimentos às urgências e emergências.