17/10/2018 as 07:40

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EDITORIAL: Ainda a reforma da Previdência

O governo tinha votos para aprovar, mas houve uma trama que impediu exatamente por conta de interesses em preservar privilégios.

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Passado o primeiro turno da disputa eleitoral e o país já se encaminhando para votar no segundo turno, o presidente Michel Temer começa a se manifestar sobre temas polêmicos. Ontem, Temer disse ter havido uma “trama” para impedi-lo de completar as reformas pretendidas por seu governo, mas que isso não tira sua esperança de aprovar, ainda em 2018, a reforma da Previdência, bem como algumas medidas de simplificação tributária.


Em palestra ministrada na Associação Comercial do Paraná, Temer manifestou-se contrário à convocação de uma Assembleia Constituinte – possibilidade aventada e já descartada por integrantes das equipes dos dois candidatos que concorrem à Presidência da República. Na verdade, uma nova Constituinte, hoje, parece ser desnecessária.


Michel Temer lembrou que faltaram as reformas da Previdência e a tributária como realizações de seu governo. Ele avalia que houve uma trama montada lá atrás para lhe impedir de levar no bojo de suas realizações a reforma da Previdência.


Naquele período em que o assunto andou em alta o governo tinha votos para aprovar, mas houve uma trama que impediu exatamente por conta de interesses em preservar privilégios.


O presidente entende que a reforma da Previdência está “formatada e pronta” para ser votada pelo Congresso Nacional. Ele lembra que tem dois meses e pouco para realizá-la, mas isso dependerá da vontade do presidente a ser eleito.


Temer insiste no ideário da reforma tributária, mas dá sinais que se contentaria em fazer ainda este ano uma simplificação tributária, além de realizar a reforma previdenciária. Na sua visão, seria um fecho de um governo reformista, que trouxe o país para o Século XXI. Contudo, reconhece que não será fácil, mas seria uma coisa extraordinária.