18/10/2018 as 07:47

Artigos

EDITORIAL: Manter ou não a equipe econômica?

O Brasil está afundado em problemas e os mais graves deles são, com certeza, o desemprego e a insegurança pública.

COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

O candidato à Presidência da República pelo PT, professor Fernando Haddad, anunciou que pretende mudar toda a equipe econômica que hoje se encontra no poder e garantiu para a imprensa que, ao contrário do também presidenciável Jair Bolsonaro, decidiu que não quer ninguém ligado ao presidente Michel Temer em seu governo, caso vença a eleição do próximo dia 28.


Recentemente, Jair Bolsonaro e seu coordenador de programa econômico, Paulo Guedes, já fizeram elogios públicos ao presidente do Banco Central, Ilán Goldfajn, e o consideraram “excelente nome” para seguir no cargo. Guedes também elogiou o atual secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida.


Vale lembrar que Paulo Guedes já disse em entrevistas que terá total liberdade para montar sua equipe caso Bolsonaro vença – e ele não excluiu aproveitar “extraordinários quadros” do setor público.


A equipe econômica de Temer está por demais desgastada. Embora haja o esforço no sentido de induzir o país a sair da crise, que foi agravada nos últimos quatro ou cinco anos, parece não existir nenhuma simpatia por parte dos brasileiros em relação ao primeiro e segundo escalões do atual governo.


Isso também fica bem exposto no desempenho do ex-ministro da economia, Henrique Meirelles, nas urnas em 7 de outubro. Candidato à Presidência da República pelo MDB, o ex-ministro do governo de Michel Temer – Meireles obteve 1.288.948 (1,20% dos válidos) – ficou em situação insignificante.


O quadro de crise não favorece a quem não resolveu a situação. É o caso do Meirelles. O Brasil está afundado em problemas e os mais graves deles são, com certeza, o desemprego e a insegurança pública. Não houve iniciativa até agora para superá-los. Aguarda-se decisões.