31/10/2018 as 07:44

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Bolsonaro e o desemprego

Caberá ao novo governo, a partir de janeiro, gerar condições para que o país saia da crise e as empresas voltem a contratar.

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Um dos problemas que mais vai esquentar a cabeça do presidente eleito do Brasil, a partir de 1º de janeiro de 2019, será o desemprego. Ainda ontem foi divulgada a informação de que a taxa de desemprego ficou em 11,9% no terceiro trimestre deste ano. Isso representa algo em torno de 12,5 milhões de brasileiros desejando trabalhar e não surgem oportunidades.


O índice tonado público, medido pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad-C), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é inferior aos 12,4% registrados no segundo trimestre deste ano e no terceiro trimestre do ano passado. Mas representa um problema grave e que precisa de solução urgente.


Essa situação está visível desde a saída da ex-presidente Dilma Rousseff do governo, embora o quadro tenha ganho maior visibilidade no governo do presidente Michel Temer. Os opositores propagaram bastante a crise e o desemprego neste período.


Segundo a Pnad-C, a população ocupada somou 92,6 milhões de pessoas, um aumento de 1,5% tanto em relação ao segundo trimestre deste ano quanto em relação ao terceiro trimestre de 2017.


A Pnad-C também avaliou neste trimestre a taxa de subutilização da força de trabalho, que é o percentual de pessoas desocupadas, que trabalham por menos horas do que poderiam ou que estão na força de trabalho potencial.


A taxa ficou em 24,4% no terceiro trimestre deste ano, abaixo dos 24,6% do trimestre anterior e relativamente estável em relação ao 23,9% do terceiro trimestre do ano passado.


A população subutilizada somou 27,3 milhões de pessoas, estável em relação ao trimestre anterior, mas 2,1% superior ao terceiro trimestre de 2017.


O número de pessoas desalentadas (aquelas que não procuram emprego porque acham que não vão conseguir) ficou em 4,8 milhões, estável em relação ao trimestre anterior e 12,6% acima do mesmo trimestre de 2017 (4,2 milhões).


A taxa de desalentados entre o total da força de trabalho foi de 4,3%, relativamente estável em relação ao segundo trimestre deste ano (4,4%) e acima dos 3,9% do terceiro trimestre do ano passado.


O rendimento médio real habitual dos trabalhadores no terceiro trimestre ficou em R$ 2.222, estável em ambas as comparações. Também manteve estabilidade a massa de rendimento real habitual (R$ 200,7 bilhões).


Caberá ao novo governo, a partir de janeiro, gerar condições para que o país saia da crise e as empresas voltem a contratar.