EDITORIAL: Momentos de tensão

O Brasil vive na expectativa de que a Constituição será respeitada como lei máxima da República. A avaliação é do ministro Celso de Mello, o mais antigo do Supremo Tribunal Federal (STF), e foi feita durante sessão plenária do STF ontem.

Segundo o ministro, o Brasil, situando-se entre seu passado e seu futuro, vive a expectativa de que a Constituição – manto protetor e intangível do corpo social, das instituições do estado e dos grupos vulneráveis – será respeitada efetivamente como a suprema lei da República.

Celso de Mello elogiou o trabalho da ministra Rosa Weber no comando do processo eleitoral, na condição de presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele expressou ser verdadeiramente justo o reconhecimento devido à eminente ministra Rosa Weber.

O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, fez uso da palavra e disse que o discurso do decano “expressa com certeza o posicionamento desta presidência e dos eminentes colegas”. Há clareza de todos, então, de que o momento é de expectativa mesmo.

Há um sentimento nacional de que este é um momento tenso. Desde o final do primeiro turno da disputa eleitoral vive-se momentos de provocações entre militantes políticos da direita e da esquerda e isso está exposto nas ruas e nas redes sociais.

A expectativa também existe fora do país. As informações que circulam na mídia exibem mal o Brasil e os focos de tensões internos geram desconfianças externas sobre o futuro da democracia brasileira.