12/11/2018 as 07:39

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Grandes esperanças



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A eleição presidencial de 2018 foi a mais radicalizada de nossa história republicana em face do intenso ativismo das redes sociais na veiculação de toneladas de notícias, muitas falsas, as tais fake news, que cumpriram papel relevante na construção e desconstrução de candidatos.


No segundo turno, venceu Jair Bolsonaro, do PSL, com 55,1% dos votos e, ainda, de roldão, elegeu 51 deputados e 4 senadores. Será a segunda maior bancada da Câmara, com 52 deputados. A primeira, a do PT, o partido líder da oposição, terá 56 deputados.


Para bem governar e realizar as reformas estruturantes de que o país necessita para voltar a crescer de forma sustentável e continuada, o governo terá, necessariamente, de início, que construir uma maioria de 308 deputados, número mínimo para aprovar emendas constitucionais necessárias à aprovação de seu programa de reformas, especialmente a da previdência, a mais polêmica, pelos conflitos de interesses que encerra.


Espera-se que a composição dessa maioria seja feita de forma republicana, baseada em programas, ou seja, longe da utilização de expedientes heterodoxos que inevitavelmente escorregam para a corrupção, que vem a ser uma das principais frentes de luta explicitadas pelo governo que se instalará em 1º de janeiro de 2019. A escolha do íntegro e combativo Juiz Sérgio Moro para o superministério da Justiça, que também cuidará da segurança pública, foi feita com esse objetivo básico.


Ética e desenvolvimento é o que aguarda, agora, não apenas os que elegeram o novo presidente, mas o esperançoso povo brasileiro, ávido para ver o país trilhar novos caminhos que conduzam ao equilíbrio das contas públicas, ao crescimento econômico, ao pleno emprego, a um sistema educacional de qualidade, a formas mais eficazes de combate ao crime organizado e a um esquema de segurança pública que garanta tranquilidade às famílias, além de outras demandas nas áreas política, econômica, social e moral indispensáveis à aceleração de nosso processo civilizatório alicerçado na democracia.


Não se pode deixar de ressaltar os consideráveis avanços do governo do Presidente Michel Temer na consecução desses objetivos. A limitação dos gastos públicos, a flexibilização das relações trabalhistas e a execução de uma política monetária austera foram ganhos fundamentais para que o país saísse da forte recessão em que estava mergulhado, reduzisse a inflação de 10,67%, em 2015, para 2,95%, em 2017, e baixasse as taxas de juros a patamares inéditos. A História fará justiça a um governo reformista que primou pela seriedade na condução dos negócios públicos, longe do populismo irresponsável, numa fase de forte turbulência política.


Em relação a Sergipe, o presidente Temer suspendeu a hibernação da FAFEN que havia sido decidida pela diretoria da Petrobras e autorizou que fosse aberto um processo de privatização da empresa o que evitaria o seu fechamento; caso isto acontecesse, acarretaria enormes prejuízos à economia estadual. Nas vezes em que fui recebido para tratar deste assunto, o presidente me garantiu que no seu governo a FAFEN não seria hibernada, ou seja, desativada. E, sem a menor dúvida, cumprirá o que prometeu aos sergipanos! Caberá aos governos estadual e federal que se instalarão em 1º de janeiro próximo, num trabalho conjunto, dar continuidade a esse processo de privatização da FAFEN, sem hibernação.


Vivemos um momento de expectativas e também de grandes esperanças! Que uma nova etapa de conciliação, paz e prosperidade seja iniciada para o bem do Brasil e dos brasileiros! Deus nos ajudará!

Albano Franco/ex-presidente da CNI, senador e governador de Sergipe