15/01/2019 as 07:07

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EDITORIAL: O Nordeste como prioridade

A região, segundo um assessor do ministro, terá um olhar especial no governo Jair Bolsonaro, entretanto não foi anunciada nenhuma decisão

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Ontem, em Brasília, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, reuniu representantes de seis ministérios, no Palácio do Planalto, para falar sobre o Nordeste. A região, segundo um assessor do ministro, terá um olhar especial no governo Jair Bolsonaro, entretanto não foi anunciada nenhuma decisão. Foi o primeiro encontro do grupo interministerial, que se reunirá com frequência para definir políticas públicas prioritárias para a região.


Participaram do encontro com Onyx os ministros Luiz Henrique Mandetta (Saúde), Osmar Terra (Cidadania), Gustavo Canuto (Desenvolvimento Regional), Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações), Ricardo Vélez Rodriguez (Educação) e o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes.


Em sua primeira semana de governo, Bolsonaro prorrogou a concessão de incentivos às empresas que executam projetos junto à Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e junto à Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Foi uma boa notícia, mas ainda é muito pouco para as duas regiões.


O governo Bolsonaro precisa definir uma política de investimentos para o Norte e Nordeste capaz de gerar empregos e renda, melhorar os sistemas de saúde e de produção no campo e ações concretas para facilitar o convívio do povo do Nordeste com a seca e do Norte com as cheias frequentes dos rios da região.


O Nordeste precisa de uma atenção especial do Governo Federal. São necessárias políticas de oferta de água em quantidade para possibilitar a produção agrícola irrigada, para a preservação da criação do gado bovino, caprino e ovino e garantir o abastecimento dos lares dos municípios que ficam no chamado polígono da seca.


A existência de água em quantidade pode possibilitar a chegada de novas indústrias para o Nordeste, inclusive no semi-árido.


O governo acena com o envio de equipamentos dessalizadores, para reprocessar a água salobra existente no subsolo. O Nordeste de algo mais que isso. Para acabar com a seca, será necessária a captação de água do mar, dessalinizar e enviar para os municípios atingidos pela seca. Uma ação do tipo hoje desenvolvida por Israel pode ser a saída.