18/03/2019 as 08:24

Artigos

EDITORIAL: Menos ódio, menos intolerância



COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Os dois ataques simultâneos às mesquitas na Nova Zelândia, que deixaram pelo menos 49 mortos e 40 feridos, o massacre de Suzano, com dez mortos, mostram que o ódio tem feito vítimas no mundo inteiro. A intolerância religiosa, a crença absurda da supremacia racial, o ódio descabido contra gays e negros começam a tomar proporções alarmantes no Brasil e no mundo.


Voz privilegiada no mundo, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, pediu para a comunidade internacional “permanecer unida contra o ódio antimuçulmano e todas as formas de intolerância e terror. Estou triste e condenando veementemente a morte de inocentes enquanto oravam pacificamente em mesquitas na Nova Zelândia”, disse.


Guterres, como o mundo inteiro, ficou chocado com o ataque terrorista, lembrando a “santidade das mesquitas e todos os locais de culto”. Ele convoca todos os povos neste dia sagrado para os muçulmanos para mostrar sinais de solidariedade com a comunidade islâmica enlutada.


O secretário-geral reitera a urgência de trabalhar melhor em conjunto globalmente para combater a islamofobia e eliminar a intolerância e o extremismo violento em todas as suas formas. Não é mais possível conviver com ideias supremacistas, esse ódio contra imigrantes. Seja no Brasil, na Nova Zelândia, em qualquer lugar do mundo.


A diretora-executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Henrietta Fore, lamentou o impacto dos ataques sobre as crianças. “Um ataque sem sentido a uma comunidade pacífica e o direito universal à liberdade de culto”, ressaltou.


Atos de intolerância não podem ser tolerados e precisam ser denunciados, combatidos. A onda de ódio que cresce nas redes sociais tem causado preocupação. Como todo crime, é um caso de polícia.