29/04/2019 as 10:42
OpiniãoA Embrapa, como bem disse seu presidente, o engenheiro agrônomo Sebastião Barbosa, não faz distinção
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Num momento delicado que o país atravessa, com a queda de recursos e investimentos em áreas vitais, como o meio ambiente e a pesquisa, a comemoração dos 46 anos da Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, ligada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, é um alento.
A estatal de tecnologia e inovação na área rural, um celeiro de projetos inovadores e de melhoria do padrão genético de alimentos, firmou convênios com entidades de perfis diferentes e propósitos diversos, desde a finalidade social (agricultura familiar) ao objetivo econômico (melhoria de commodities).
A Embrapa, como bem disse seu presidente, o engenheiro agrônomo Sebastião Barbosa, não faz distinção “se é grande ou pequeno [produtor], se o alimento é orgânico, transgênico, ou [tem cultivo] convencional”. Produz tecnologia “colocada à disposição dos mercados e dos produtores”.
É inegável que nos últimos anos a Embrapa incorporou avanços à ciência, tecnologia e agropecuária. Buscou e alcançou números impressionantes na produção de tecnologia no campo, entregando aos produtores a capacidade de plantar alimentos mais resistentes a pragas e com características que atendem melhor ao mercado consumidor.
A estatal, que completa 46 anos, tem presença forte em Sergipe, onde se consolidou como um polo de assistência técnica e de aprendizagem aos produtores rurais, firmando cooperação técnica para fomento à inovação tecnológica e ao empreendedorismo agrícola em comunidades no entorno da barragem de Xingó.
Uma das grandes novidades no Nordeste foi o convênio de cooperação técnica com a Associação de Produtores de Uva do Vale do São Francisco, fortalecendo a capacidade da região em produzir frutas que antes eram produzidas apenas nas regiões Sul e Sudeste.
Em 46 anos a Embrapa contribuiu para o aumento de produção de grãos (240% a produção de trigo e milho, 315% a produção de arroz); para o crescimento produtividade do extrativismo florestal (140%); e a multiplicação do setor cafeeiro (300%).
Em 2018, para cada R$ 1,00 aplicado na empresa, foram devolvidos R$ 12,16 para a sociedade – um lucro de R$ 43,52 bilhões gerado a partir do impacto econômico no setor agropecuário de apenas 165 tecnologias e cerca de 220 cultivares geradas pela pesquisa.
Essa é a Embrapa.