06/05/2019 as 07:34

ARTIGOS

EDITORIAL: Combatam os extremistas!

Em todas as redes sociais existem figuras extremistas que ativamente usam as plataformas para disseminar ódio e preconceito.

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As redes sociais se tornaram um canal de propagação de ideais extremistas, um espaço onde racistas e homofóbicos destilam ódio e conquistam seguidores. Tem sido difícil controlar páginas onde figuras fazem ameaças e ataques beneficiados pelo anonimato que a Internet proporciona. Mas as redes sociais têm buscado combater isso.


O Facebook baniu vários extremistas americanos, conhecidos por seus discursos de ódio, alegando que eles violaram sua proibição de “indivíduos perigosos”. Entre os banidos estão Alex Jones, radialista americano de extrema direita e teórico da conspiração, Louis Farrakhan, líder do grupo Nação do Islã, que é acusado de antissemitismo, e Milo Yiannopoulos, comentarista político britânico e ex-editor do site de extrema direita americano Breitbart News.


A página também baniu Paul Nehlen, que concorreu como “candidato cristão branco” na eleição de 2018 para o Congresso dos Estados Unidos, Paul Joseph Watson, radialista britânico, e Laura Loomer, ativista política que trabalhou como repórter da página canadense de extrema direita Rebel Media. As punições foram repetidas no Instagram.


No Twitter há centenas de páginas com conteúdo de ódio contra negros, gays e ativistas do meio ambiente e de propagação de ódio contra figuras de esquerda. Nessa rede social há ainda o uso de robôs para subir “hastags” de conteúdo extremista.


É preciso avançar no combate aos extremistas, que sempre retornam às redes sociais, depois de banidos, em novas páginas, onde prosseguem com suas pregações de ódio e violência. A decisão tomada pelo Facebook faz parte de um esforço conjunto do gigante das redes sociais para remover indivíduos, grupos e conteúdos extremistas de sua plataforma. No mês passado, o Facebook baniu vários grupos britânicos de extrema direita – incluindo a Liga de Defesa Inglesa e o Partido Nacional Britânico – e instituiu uma proibição ao conteúdo nacionalista branco.


O Facebook insistiu que sempre baniu contas e páginas que proclamam uma missão violenta ou odiosa ou estão envolvidas em atos de ódio ou violência, independentemente da ideologia política.


Recentemente, as três gigantes da Internet – Facebook, Google/YouTube e Twitter – foram convocados para uma audiência no Senado dos Estados Unidos sobre terrorismo e mídias sociais. Há uma preocupação de que as redes sociais se tornem ameaças à segurança nacional e à democracia. Além do extremismo, surgiu o fake news, que tem se mostrado perigoso durante o processo eleitoral.


Em todas as redes sociais existem figuras extremistas que ativamente usam as plataformas para disseminar ódio e preconceito.

Combatam os extremistas!