10/07/2019 as 07:50

ARTIGOS

EDITORIAL: Previdência: desigualdade no fim

Não está sendo nada fácil superar os interesses partidários e ideológicos dentro do Congresso Nacional.

COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

A Câmara dos Deputados começou, enfim, a votar a reforma da Previdência ontem à noite. Até o fechamento desta edição, a sessão não havia sido encerrada. A expectativa era de aprovação do texto. O Brasil não suporta mais esperar pela reforma da Previdência.


Não está sendo nada fácil superar os interesses partidários e ideológicos dentro do Congresso Nacional. Mal Rodrigo Maia anunciou que se esforçaria para que o texto-base da proposta fosse aprovado até esta quarta-feira, 10, a oposição na Câmara mostrou que seria uma votação complicada.


Os deputados contrários à reforma apresentaram o chamado kit obstrução com pedidos de adiamento da sessão ou de retirada de pauta para atrasar o início da votação da proposta de emenda à Constituição.


Líderes da base governista propuseram à oposição que retirasse a obstrução em plenário para que os deputados debatessem a proposta. A ideia seria votar com apenas dois requerimentos de obstrução.


Como obstruir a votação depois de tantos debates e da aprovação popular à reforma?


Como obstruir e atrasar uma votação que vai acabar com o desequilíbrio da Previdência?


Como obstruir diante da certeza que a economia deslanchará?


Um exemplo do otimismo do mercado com a reforma da Previdência veio do embaixador do Japão no Brasil, Akira Yamada, que afirmou que a aprovação pelo Congresso Nacional de reformas, como a da Previdência, pode estimular que mais empresas japonesas invistam no Brasil.


Segundo ele, se as reformas avançarem, muitas empresas japonesas voltarão a olhar para o Brasil novamente para se instalar e aumentar os investimentos.