12/12/2023 as 11:13
BENEFÍCIOBenefício médio no estado é de R$ 669,86; 2023 tem maior média de beneficiários
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No ano com maior média de beneficiários, valor médio e investimento federal da história do Bolsa Família, o programa do governo federal chega ao calendário de dezembro com 385,6 mil famílias contempladas em Sergipe. O cronograma de pagamentos do último mês do ano teve início nessa segunda-feira, 11 de dezembro.
O valor médio recebido nos 75 municípios do estado chega a R$ 669,86. Para saldar o investimento, o repasse é de R$ 258,15 milhões para Sergipe. Seguindo uma tendência nacional, 80,3% das famílias sergipanas que recebem o Bolsa Família são chefiadas por mulheres. Aracaju é o município com maior número de famílias contempladas em Sergipe no mês de dezembro. São 62,5 mil beneficiários, que recebem um valor médio de R$ 666,96 a partir de um investimento federal de R$ 41,6 milhões.
Na sequência aparecem Nossa Senhora do Socorro (34,6 mil famílias), Lagarto (23 mil), Itabaiana (13,7 mil) e São Cristóvão (13,3 mil). A cidade com maior valor médio de repasse no estado é Aquidabã, com R$ 705,08 na média para 3.586 famílias atendidas no município. Na sequência das localidades com maior valor médio estão Canindé de São Francisco (R$ 701,34), Capela (R$ 699,10) e Cristinápolis (R$ 698,15). Entre os benefícios complementares criados com o novo Bolsa Família, há 149 mil crianças de zero a seis anos que recebem adicional de R$ 150 em Sergipe, a partir de um repasse de R$ 21,4 milhões referente ao Benefício Primeira Infância.
A cesta de benefícios complementares também acrescenta R$ 50 neste mês a mais 8,7 mil gestantes sergipanas, 8 mil mulheres em fase de amamentação, 200 mil crianças e adolescentes de sete a 16 anos e 51,6 mil adolescentes de 16 a 18 anos.
Nacional
O início dos pagamentos do Bolsa Família em dezembro estabelece um marco inédito na história do programa. Com o repasse a 21,06 milhões de famílias, o valor médio de R$ 680,61 e o investimento de R$ 14,25 bilhões, 2023 se encerra como o período de 12 meses em que o programa teve maior patamar de famílias atendidas, de valor de repasse e de investimento federal na série histórica iniciada em 2004.
A análise leva em conta tanto o Bolsa Família quanto o período em que foi substituído pelo Auxílio Brasil. Nos 12 meses de 2023, a média de valor investido pelo governo federal foi de R$ 14,1 bilhões por mês, a maior já registrada. Em 2022, até então o maior valor, foi de R$ 7,8 bilhões, quase metade.
O valor médio repassado às famílias chegou a R$ 670,36 por mês em 2023, também o maior patamar já alcançado pelo programa de transferência de renda. Em 2022, o valor médio foi de R$ 394,48. O número médio de famílias beneficiárias em 2023 também é o mais expressivo já observado, com 21,3 milhões por mês, contra 19,2 milhões em 2022.
Olhar diferenciado
A razão para esses novos patamares está na concepção do novo Bolsa Família, lançado pelo governo federal oficialmente em março. O programa voltou a reconhecer e tratar de forma específica as diferentes composições de família. Em dezembro, por exemplo, o Benefício Primeira Infância, adicional de R$ 150 para cada criança de zero a seis anos na composição familiar dos beneficiários, chega a 9,6 milhões de crianças a partir de um repasse de R$ 1,35 bilhão.
Outros benefícios complementares implementados em 2023 garantem um valor a mais de R$ 50 para cada gestante, nutriz e crianças, e adolescentes de sete a 18 anos na composição familiar. Em dezembro, são R$ 22 milhões para 461 mil gestantes, R$ 20 milhões para 420 mil nutrizes, R$ 578 milhões para 12,6 milhões de crianças e adolescentes de sete a 16 anos e mais R$ 136 milhões para 3 milhões de adolescentes de 16 a 18 anos.
O novo Bolsa Família voltou também a enfatizar uma série de condicionantes importantes na história da política pública. Entre elas, a exigência de frequência escolar, o cumprimento do calendário oficial de vacinação e o acompanhamento pré- -natal para gestantes.