15/06/2018 as 13:05

Cidades

Aracaju passa a ser a segunda capital mais violenta do país

Primeiro posto é ocupado por Belém, de acordo com o Atlas da Violência 2018.

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Aracaju passa a ser a segunda capital mais violenta do paísFoto: Jadilson Simões/Equipe JC

O último levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), o Atlas da Violência 2018 - Políticas Públicas e Retratos dos Municípios Brasileiros, apontou que Aracaju passou a ser a segunda capital mais violenta do país. O levantamento anterior colocou a capital sergipana como a número 1 em violência. Neste ano, o lugar passou a ser ocupado por Belém.

Pelos dados do Atlas da Violência, Belém assumiu o título de mais violenta de 2016, com uma taxa média de 76,1 homicídios por grupo de 100 mil habitantes. Aracaju apresentou o índice de 73 homicídios/100 mil habitantes, seguida por Natal (62,7 homicídios/100 mil habitantes); Rio Branco (62,6 homicídios/100 mil habitantes) e Salvador (57,8 homicídios/100 mil habitantes).

Alvo de uma intervenção federal na segurança pública de todo o estado desde fevereiro deste ano, a capital fluminense terminou 2016 entre as oito capitais com as menores taxas de mortes violentas, com 25,8 óbitos por 100 mil habitantes. Este grupo é encabeçado por São Paulo (10,1 homicídios); Florianópolis (17,2) e Vitória (17,2); Brasília (25,5); Campo Grande (20,3); Curitiba (29,4) e Belo Horizonte (24,8).

No início do mês, o Atlas da Violência já tinha apontado que o estado do Rio de Janeiro está entre as seis unidades da federação que têm conseguido reduzir as taxas de homicídios, junto com São Paulo, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Paraná. No documento, os pesquisadores apontam que a melhora dos índices paulistas se deve, em parte, à preponderância de uma organização criminosa sobre as demais, o que permitiria que seus integrantes controlassem o uso da violência, evitando disputas letais.

Metade dos homicídios em 2016 ocorreu em apenas 2% dos municípios

Metade dos homicídios registrados em 2016 ocorreram em apenas 123 cidades brasileiras, apontou. Juntos, esses municípios representam apenas 2,2% do total de cidades brasileiras. Apesar de pequenos, os números são superiores aos de 2015, quando 109 localidades respondiam por metade das mortes violentas no país. Fato que, para os pesquisadores, indica a propagação da criminalidade para cidades menores, processo que vem sendo observado por especialistas desde meados dos anos 2000.

Entre as cidades com mais de 100 mil habitantes, as mais violentas se concentram nas regiões Norte e Nordeste. No entanto, o ranking dos 309 municípios com maior taxa de mortalidade é encabeçado por Queimados, no Rio de Janeiro, com 134,9 homicídios por grupo de 100 mil pessoas.

As quatro cidades seguintes com os maiores índices de letalidade ficam na Bahia. Com uma taxa de 124,3 homicídios por grupo de 100 mil habitantes em 2016, Eunápolis ocupa o segundo lugar entre as mais violentas. Em seguida vem Simões Filho (107,7 homicídios/100 mil habitantes); Porto Seguro (101,7 homicídios/100 mil habitantes) e Lauro de Freitas, com 99,2 homicídios/100 mil habitantes.

Já a relação das cidades com a menor taxa média de homicídios em 2016 começa com Brusque (SC), onde foi registrada uma taxa média de 4,8 homicídios por 100 mil haqbitantes. Logo em seguida ficaram Atibaia (SP) (5,1); Jaraguá do Sul (SC) (5,4); Tatuí (SP) (5,9) e Varginha (SP) (6,7).

Com informações da Agência Brasil