18/07/2018 as 08:13

Cavo

Demitidos cobram contratação da Torre

A Emsurb afirma não ter envolvimento quanto à contratação.

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Demitidos cobram contratação da TorreFoto: André Moreira/Equipe JC

O contrato emergencial para o serviço de coleta de lixo entre Empresa Municipal de Serviços e Urbanização (Emsurb) e a Cavo encerrou nesta última segunda-feira, 16, e a Torre Empreendimento assumiu a execução da coleta. No processo, a Cavo demitiu muitos trabalhadores, que receberam a informação de que seriam contratados pela Torre. A contratação não aconteceu como prometido e os trabalhadores se reuniram na porta da empresa na manhã desta terça-feira, 17, com um ato para cobrar um posicionamento.


Cerca de 40 funcionários demitidos aguardavam na porta da Torre Empreendimento uma resposta da empresa sobre as possíveis admissões.
“Na migração de uma empresa para outra foi prometido que seria dado prioridade ao pessoal da Cavo, mas, não aconteceu. Só vamos sair daqui quando a Torre receber o pessoal. Como eles se manifestaram dizendo que atenderia às 10h hoje (ontem), então os carros de coleta saíram para o trabalho”, informou um trabalhador ligado ao Sindicato dos Agentes de Limpeza de Sergipe (Sindilimp), mas, que preferiu não se identificar.


A Empresa Municipal de Serviços e Urbanização de Aracaju (Emsurb) afirma não ter envolvimento quanto à contratação de pessoal, apenas quanto à cobrança de execução dos serviços conforme consta em contrato.

Nota da Torre
Sobre os trabalhadores da empresa Cavo: há cerca de 15 dias protocolamos no MPT uma carta solicitando uma intermediação para que a transição dos trabalhadores fosse tranquila e pacífica, de modo que a empresa Cavo, que já deu o aviso prévio a eles, pudesse ceder horas ou turnos (como foi feito pela Torre em 2016) para que os trabalhadores pudessem comparecer à Torre e realizar o processo de seleção e contratação.


Houve uma audiência na quarta-feira passada, mas a advogada da Cavo pediu um prazo até a última sexta para se pronunciar sobre nosso pedido.
O Sindicato foi convidado pela Torre para uma reunião e se comprometeu a conversar com a empresa Cavo e acompanhar os trabalhadores ao processo seletivo para contratação.


A Torre possui pessoal para trabalhar, pois estamos realizando seleção há mais de um mês. Mas não queríamos que os trabalhadores da Cavo, que tinham sido da Torre, perdessem a oportunidade de emprego, porque essa massa de trabalhadores é que já vem trabalhando há muito tempo neste serviço. Queríamos que esse pessoal fosse contratado e não fosse prejudicado com o desemprego.


Mas em razão da postura irredutível da Cavo, em não ceder horário para o pessoal, talvez alguns não consigam ir à empresa e posteriormente não sejam contratados, o que será um grande problema social.


A Cavo Serviços Ambientais mantém como prática facilitar a transferência de profissionais por respeito a legislação setorial e por valorizar o acesso ao trabalho. Em razão dessa postura, muito profissionais já haviam se transferido para outra empresa, impossibilitando a realização das escalas normais de trabalho nesta segunda-feira (16/07). As referidas alegações da Emsurb não procedem.

Laís de Melo/Equipe JC