19/07/2018 as 15:02

Denúncia

Irmãos vão responder criminalmente por fraude em concurso da PM

A Justiça acatou denúncia do Ministério Público do Estado (MPE/SE).

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Irmãos vão responder criminalmente por fraude em concurso da PMFoto: Divulgação/SSP

Após quase 20 dias decorridos do concurso da Polícia Militar, em que os dois irmãos, Hygor Ayslan Oliveira Lima e Aylton Hytalo Oliveira de Lima foram presos suspeitos de fraudarem a prova, a Justiça acatou a denúncia do Ministério Público do Estado (MPE/SE) e a dupla agora vai responder criminalmente por utilizar conteúdo sigiloso de concurso público em benefício próprio e de associação para cometimento de crime.

A decisão partiu da juíza Jumara Porto Pinheiro, da 9ª Vara Criminal de Aracaju, que também autorizou que seja realizada uma perícia nos aparelhos telefônicos dos suspeitos. Para o MPE/SE, a análise do conteúdo dos aparelhos pode ajudar na identificação de integrantes da associação criminosa que atuava na tentativa de fraudar o concurso.

O advogado de defesa dos suspeitos, Maurício Danilo, afirmou que vai apresentar a defesa deles e provar que os irmãos são inocentes.

O CASO

Os irmãos Hygor Ayslan Oliveira Lima, de 28 anos, e Aylton Hytalo Oliveira de Lima, 26, foram flagrados tentando fraudar a prova do concurso da Polícia Militar de Sergipe (PM/SE), que ocorreu na tarde do dia 1º de julho. Após o flagrante, foram conduzidos ao Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope).

Hygor e Aylton são naturais do Estado de Pernambuco e estavam com telefones celulares escondidos, que eram utilizados durante a realização da prova. Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP), as suspeitas foram levantadas após Hygor ser flagrado, logo ao final da realização da prova, com um aparelho celular escondido dentro de um gesso, que protegia o braço esquerdo de uma suposta fratura.

Ainda de acordo com a SSP, os irmãos recebiam toques pelo modo vibratório indicando a resposta correta no momento da execução da prova. A Polícia Civil encontrou os irmãos no local da prova, em uma Universidade particular. Ambos confessaram que pagariam até R$ 20 mil pela aprovação no concurso. O Cope investiga os outros envolvidos no esquema de fraude.

Tanto Hygor quanto Aylton já respondem a processos pelo mesmo crime no Piauí e uma tentativa no Estado do Ceará, por tentativa de fraude a concursos da PM daqueles estados.