17/08/2018 as 17:16
SINDPESESecretário executivo do Sindpese, Maurício Cotrim, avalia os constantes aumentos no preço da gasolina como um "cenário péssimo".
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A Petrobras anunciou, na última terça-feira, 14, o aumento de 1,28% no preço da gasolina comercializada nas refinarias. Essa medida entrou em vigor já na quarta-feira, 15. Em Sergipe, segundo pesquisa realizada pelo Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Sergipe (Sindpese) junto aos revendedores da capital e do interior, o preço médio da gasolina comum nos postos de combustíveis tem variado entre R$ 4,35 e R$ 4,65. Devido aos constantes aumentos, o Sindpese afirma que as vendas em Sergipe tiveram queda de mais de 10%.
"O Sindicato vem acompanhando com muita preocupação os sucessivos aumentos praticado pela Petrobras. A política comercial atual afeta negativamente o segmento, provocando queda nas vendas e por consequência a necessidade de reduzir o quadro de Frentistas, o que contribui diretamente no aumento do índice de desemprego no nosso Estado", avalia o secretário executivo do Sindpese, Maurício Cotrim.
O preço do diesel segue em R$ 2,0316 desde 1º de junho, quando a estatal reduziu em R$ 0,07 o preço, atendendo ao compromisso originado da greve dos caminhoneiros, que teve início no final do mês de maio e foi uma das principais reivindicações da categoria.
A mais recente análise realizada pelo Boletim Sergipe Econômico, que foi divulgada no final do mês de julho deste ano, apontou que no Estado o preço médio cobrado pelo litro da gasolina ficou em R$ 4,402 no mês anterior. Quando comparado a maio, em junho houve uma elevação de 3%.
Para Sérgio de Andrade, que se locomove todos os dias de casa até o trabalho, a inconstância dos preços causa uma desestruturação financeira. “A gente fica em um impasse quanto a usar o carro porque praticamente todos os dias há o aumento no preço da gasolina. Isso causa uma desestrutura nas contas porque é imprevisível ter uma base de quanto vamos gastar no mês. Ultimamente tenho apertado as contas e dado algumas prioridades”, frisou.
Devido aos constantes aumentos, no primeiro semestre de 2018 houve uma queda de 6% na venda de combustíveis, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última sexta-feira, 10 de agosto. Para o secretário executivo do Sindpese o quadro caótico só poderá apresentar melhorias no segundo semestre do próximo ano. "A estimativa da queda nas vendas nesse primeiro semestre no nosso Estado já ultrapassou os 10%. O cenário é péssimo e a expectativa de melhora, provavelmente, só deve se dar a partir do segundo semestre de 2019, quando o quadro político estiver mais definido promovendo um ambiente mais estável na nossa economia", destacou.