20/08/2018 as 09:32

Trabalho

Fecomse pede intervenção do MPT

Segundo a Fecomse, sem convecção coletiva os cerca de 100 mil trabalhadores do comércio enfrentam dificuldades para ter reajuste salarial e melhores condições de trabalho.

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Fecomse pede intervenção do MPTFoto: Jadilson Simões/Equipe JC

Não está nada fácil para os trabalhadores do comércio sergipano negociarem o reajuste de salário com os patrões. Após encerrar os mecanismos de negociação entre patrões e empregados, a Federação dos Empregados no Comércio e Serviços do Estado de Sergipe (Fecomse) solicitou a intervenção do Ministério Público do Trabalho (MPT) na situação. Segundo a Fecomse, sem convecção coletiva os cerca de 100 mil trabalhadores do comércio enfrentam dificuldades para ter reajuste salarial e melhores condições de trabalho.


“Após várias tentativas de acordo na Superintendência da Delegacia do Trabalho e Emprego acerca da convenção coletiva de trabalho, o setor patronal, liderados pelo empresário Laércio Oliveira, tentam impor o retrocesso nas negociações retirando direitos dos trabalhadores. A intenção é fragilizar a categoria e retirar conquistas. Querem que o comerciário faça hora extra, mas não aceitam pagar. Querem trocar hora excedente trabalhada por folga, concedida ao trabalhador quando o patrão quiser. Além disso, os empresários cobiçam abrir o comércio em todos os feriados. Isso é exploração!”, protesta Ronildo Almeida, presidente da Fecomse.


Ainda segundo o sindicalista, os patrões não querem dar aumento salarial e tentam impor banco de horas e jornadas excessivas de trabalho. “Sem a renovação da convenção coletiva, os trabalhadores do comércio enfrentam dificuldades para ter reajuste salarial e melhores condições de trabalho. Ronildo alega que os patrões querem que o sindicato aceite um acordo que não traz nenhum ganho real, apenas perdas.


“A má vontade e o espírito de ‘senhor de engenho’ dos empresários têm prejudicado os trabalhadores. O que temos observado é que os patrões querem que os empresários trabalhem de forma gratuita, com baixos salários e sem direito a hora extra. O salário do comerciário já é baixo e estamos tendo que trabalhar com horas excessivas sem receber nada. Além dos lojistas, os sindicatos dos supermercados (liderados pelas grandes redes), farmácias, comércio varejista e atacadista, concessionárias de veículos, revendedores de tintas e derivados. Varejista de Tobias Barreto e Federação do Comércio do Estado de Sergipe estão sem assinar acordo com os comerciários”, disse.