09/11/2018 as 10:59

Frente Ampla

CUT-SE avalia como “pior cenário possível” atual situação política brasileira

Movimentos social, sindical, ideológico e estudantil formam Frente Ampla em defesa da democracia.

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CUT-SE avalia como “pior cenário possível” atual situação política brasileiraFoto: Divulgação

O presidente da Central Única de Trabalhadores de Sergipe (CUT-SE), Rubens Marques de Souza, mais conhecido como professor Dudu, avalia a atual conjuntura política brasileira como “pior cenário possível”. Segundo ele, a eleição presidencial de Jair Bolsonaro (PSL) colocou em risco a democracia brasileira e o direito dos trabalhadores.

“Bolsonaro é sem pudor. Ele fará um governo que tira dos pobres o que já não tem, para dar aos ricos. Tudo pode acontecer, já que se trata de um governo violento, que quer tirar os direitos dos trabalhadores e quer enquadrar como terroristas as pessoas que lutam em defesa da democracia”, afirma o professor Dudu.

Em uma comparação, o presidente da CUT-SE diz que o Brasil viverá um “governo agravante da ditadura”, se referindo ao período do Golpe Militar de 1964. “Na época, eles tomaram o Brasil com armas e a esquerda denunciou as atrocidades praticadas pelos golpistas. Hoje, o caso é mais agravante porque teremos um governo ditatorial legitimado pelo voto popular”, expressa.

Na última quarta-feira, 7, o presidente eleito afirmou que o Trabalho perderá status de Ministério, sendo que a pasta será incorporada a “algum ministério”, segundo declaração do Bolsonaro. Desde a sua eleição, Jair Bolsonaro também tenta aprovar a Reforma da Previdência ainda no governo Temer (MDB). Sobre essas questões, o presidente da CUT-SE declara que “com o golpista do Temer, o Bolsonaro já é o presidente de fato. Não ainda de direito. Eles querem acabar com o que conquistamos”.

Em Sergipe, há uma Frente Ampla em defesa da democracia, formada por mobilização de movimentos social, sindical, ideológico e estudantil. Na próxima terça-feira, 13, será promovida mais uma plenária, com o intuito de construir propostas para a prática de uma oposição democrática e fortalecida. Dentro do cronograma, também há a promoção de um seminário para compreender e discutir o atual cenário político.

“Foi muito rápido o que aconteceu. Mas, vale lembrar, que o Bolsonaro não é o preferido pela maioria do povo brasileiro. Se somarmos os votos de Haddad (PT), brancos e nulos, ultrapassamos, e muito, os votos totais do presidente eleito. Por isso, desejamos fazer uma cobrança democrática, atuando em defesa da democracia, para impedir que o Brasil seja destroçado”, pontua professor Dudu.