18/04/2019 as 10:11

Turismo

A um dia do feriado, ocupação na rede hoteleira ainda é baixa

Ocupação na rede hoteleira gira em torno de 75% a 80%, diz Abih/SE.

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A um dia do feriado, ocupação na rede hoteleira ainda é baixa

Infelizmente o feriado prolongado da Semana Santa que sempre representa boa ocupação para a rede hoteleira em Sergipe não tem gerado boas expectativas para o feriado deste ano. Pelo menos é o que aponta levantamento realizado pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Sergipe (ABIH/SE). Faltando apenas um dia para o feriadão, a procura ainda é baixa nos hotéis e pousadas do estado e a ocupação está girando em torno de 75% a 80%, em outros anos a ocupação superava os 90%.

O presidente da ABIH/SE, Antônio Carlos Franco Sobrinho, destaca que o mês de abril em si já é considerado um período em baixa do turismo, e o feriado da Semana Santa seria a oportunidade para que a hotelaria não sentisse a baixa temporada, no entanto, não houve crescimento de reservas.

“A ABIH vem realizando divulgações, visitando lojas, fazendo parcerias e a ocupação só está nesse nível fruto do nosso trabalho. E essa divulgação tem sido positiva, temos tido reservas, alguns hotéis mais, outros menos, mas porque alguns ofereceram promoções, adicionaram serviços aos pacotes para poder atrair o cliente”, comenta.

Para ele, a pouca procura pode ser explicada pelo cenário de crise que tem vivido o país e, por consequência, o Estado; além da pouca oferta de voos, tarifas caras de passagens e, sem dúvida, a falta de uma política pública que fomente a divulgação do destino Sergipe para outros estados e países.


“Para o mês de abril, a ocupação está abaixo de 50%. Não existe um fator só que contribui. Temos uma malha aérea precária com cada vez mais redução de voos e aumento do preço da passagem. Nosso turismo de negócio diminuiu por conta de fechamento de empresas e também pela reforma do Centro de Convenções que se arrasta há anos, além da falta de divulgação. A concorrência é muito forte entre outros destinos do Nordeste. Estamos sempre caminhando para trás”, chama atenção.

Sobrinho pontua ainda que além da escassa procura, o que nós temos observado é que as pessoas também estão reduzindo o tempo de permanência em Aracaju. Antes as reservas eram para três dias, agora são feitas para dois. “É preciso investir em publicidade, em divulgação da cidade. Também precisamos ter mais voos. Não adianta o hoteleiro visitar operadoras se não tiver propaganda da cidade nas grandes cidades. O Governo e o Município também precisam fazer sua parte”, aponta.