19/06/2019 as 09:26

CNH

Preços não serão reduzidos com retirada dos simuladores

Uso do simulador facultativo cria polêmica para as autoescolas

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Preços não serão reduzidos com retirada dos simuladoresFoto: Andre Moreira

O governo federal decidiu retirar a obrigatoriedade do uso de simuladores para expedição da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), passando o uso do equipamento a ser facultativo após aprovação pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). O principal objetivo da medida, de acordo com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, é reduzir a burocracia para retirar habilitação e também diminuir os custos do processo em até 15%. No entanto, o presidente do Sindicato dos Proprietários de Autoescolas de Sergipe (Simpase), José Alberto, rebate a decisão e diz que os preços não vão cair em Sergipe.

Segundo José Alberto, tornar o uso do simulador facultativo vai criar muita polêmica para as autoescolas, principalmente em Sergipe, porque no estado não é cobrado o valor do simulador à parte. “Não trabalhamos com boleto para simulador, o nosso pacote já inclui o simulador, e não tem custo adicional por isso. Eles estão dizendo que vai reduzir R$ 300 no custo para retirar habilitação, mas, Sergipe vai ficar fora dessa situação. Os consumidores vão procurar as autoescolas querendo redução de R$ 300, mas, não vai ter”, explica o presidente.

Ainda conforme José Alberto, o Simpase participará de uma reunião no dia 24 com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Está sendo preparado um documento para solicitar oficialmente a retirada do facultativo. “Ou tira o uso do simulador totalmente, ou suspende esse uso facultativo. Da forma que está, poderá criar problema para as autoescolas e com a sociedade, porque as pessoas vão procurar querendo desconto, já que a gente não cobra o simulador”, acrescenta.

A medida inclui ainda a redução das aulas práticas de 25 para 20 horas. “Essas cinco horas não vão mais existir. Então as aulas práticas serão reduzidas, mas, o preço em Sergipe não vai baixar. Estamos há quatro anos ou mais sem aumentos, enquanto o combustível aumenta, e ainda veio o simulador e não tivemos condições de aumentar os preços”, disse José Alberto.