19/06/2019 as 09:47
“Se não negociar, a polícia vai parar”Café da manhã de alerta foi realizado hoje em frente ao Palácio dos Despachos.
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“Se não negociar, a polícia vai parar”. Esse era o grito bradado por agentes, escrivães e agentes auxiliares da Polícia Civil (PC/SE) mobilizados em frente ao Palácio dos Despachos, situado na Zona Sul de Aracaju. Como forma de chamar a atenção do governador Belivaldo Chagas, o Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe (Sinpol/SE) promoveu um café da manhã de alerta nesta quarta-feira, 19, com a categoria reunida.
O Sinpol reivindica a ausência de reposição inflacionária, que fora concedida recentemente pelo Governo do Estado a outras categorias de servidores públicos e não contemplou os civis. O sindicato alega, também, que a revisão salarial da categoria não acontece há mais de seis anos. A pauta de reivindicação conta, ainda, com o desprovimento governamental acerca da reestruturação dos cargos que integram a base da Polícia Civil, como forma de melhorar a prestação de serviço nas delegacias.
“Não estamos falando, neste momento, de aumento. A sociedade sergipana precisa entender isso. A gente está falando da manutenção do nosso poder de compra através da inflação como os bons exemplos que fizeram o Tribunal de Contas, a Assembleia Legislativa, o Tribunal de Justiça e o Ministério Público. A gente quer exigir do governador que ele cumpra um dever constitucional que é o da revisão geral anual”, pontuou o presidente do Sinpol, Adriano Machado Bandeira.
Esse foi o terceiro ato realizado pela categoria como forma de alertar o governador para que o canal do diálogo seja viável. A primeira mobilização ocorreu em frente à Superintendência da Polícia Civil e a segunda na Delegacia Plantonista Norte (Central de Flagrantes). Caso a situação não seja resolvida, os civis podem paralisar as atividades. A paralisação pode ocorrer neste período junino.
“A categoria decide tudo coletivamente. Até sexta-feira essa categoria que está aqui, com essa mesma força, irá decidir quais serão os próximos passos. Por enquanto, é o alerta. Mas pode chegar à paralisação. A decisão da categoria vai depender do governador. Ele será o responsável por isso”, expressou o presidente do Sinpol.