19/07/2019 as 08:48

Chuvas

Produtores de mandioca têm dificuldades na colheita

Chuvas estão prejudicando a produção de alguns mandiocultores.

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Produtores de mandioca têm dificuldades na colheitaFoto: Diego Gurgel

Por conta dos índices pluviométricos expressivos em várias regiões sergipanas produtoras de mandioca, muitos agricultores estão com dificuldade de avanço da colheita. O solo úmido tem sido relacionado aos casos de podridão radicular nas lavouras. De acordo com a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), alguns mandiocutores do Município de Lagarto estão com as plantações prejudicadas por conta da chuva.


“A chuva do mês de junho e início de julho passou dos 300 milímetros. Foi uma precipitação alta e muitos produtores que haviam plantado acabaram perdendo a mandioca. E os que ainda não plantaram estão esperando a estiagem para poder iniciar o plantio”, disse José de Almeida Cansanção, técnico do escritório local da Emdagro de Lagarto.


José de Almeida explica ainda que muitas plantações foram prejudicadas porque o solo encharcado apodreceu a maniba, ou seja, as que estavam em desenvolvimento foram afetadas. Além da cultura da mandioca, a de fumo e a de maracujá também estão sofrendo por conta do volume de chuvas.
“Quem estava com a mandioca em fase de germinação perdeu tudo, muita água no solo faz a raiz apodrecer. Agora, vai ser preciso preparar novamente a terra, passar o trator para a partir de agosto reiniciar o plantio. Para quem plantou em março a planta estava mais firme e resistiu à água”, comentou.


Sobre a cultura da mandioca, a previsão é de que Lagarto plante cerca de 10 mil hectares. O município se destaca como o maior produtor da raiz. Para este ano, o preço do saco de farinha está caro, mas o valor da tonelada da mandioca está muito barato. O técnico da Emdagro explica que devido à umidade no produto a tuberosa está com pouco amido.


“Enquanto o saco de farinha está custando R$ 100, a tonelada da mandioca para ser transformada em farinha custa R$ 250. O preço está inferior ao praticado normalmente, pois o produto está muito úmido, com pouco amido e não está rendendo. A tonelada que daria 300kg de farinha hoje está dando apenas de 200kg a 250kg. E os compradores só querem a mandioca nova, não aceitam a velha, ou seja, com a produção afetada, o preço poderá subir ainda mais”, finalizou José de Almeida.