05/09/2019 as 10:17

Baixa

Bares e restaurantes: 35% fecham as portas em dois anos

Os números podem azedar qualquer sonho de um aspirante a empreendedor. Um dos motivos, é o desemprego que obrigou os consumidores a fazer cortes no orçamento.

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O número de bares e restaurantes fechados cresce na capital sergipana. De acordo com os dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) 35% dos estabelecimentos fecham as portas em dois anos. Os números podem azedar qualquer sonho de um aspirante a empreendedor. Um dos motivos, é o desemprego que obrigou os consumidores a fazer cortes no orçamento. Para Augusto José de Carvalho, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) esse número pode aumentar. "A crise que estamos passando no país atingiu em nossa classe também. Somos um setor que emprega muito e com a crise, o aumento nos valores de gás, água e luz dificulta manter o quadro de funcionários", explicou o presidente da Abrasel/SE.

Ainda de acordo com Augusto José muitas pessoas saiam de casa para trabalhar e realizvam suas refeições em restaurantes próximo ao local de trabalho, hoje a realizade é outra. As maioria das pessoas já levam sua marmita de casa para economizar fazendo com que o número de clientes nesses estabelecimentos cai. E outras diminuem a frequência nos restaurantes para dois, no máximo três dias comendo em restaurantes. A publicitária Ingrid Santos trabalha os dois horários. Sai de casa pela manhã e só retorna a noite. Uma das formas de economizar foi levando a comida de casa para o trabalho. "Saiu cedo de casa e muitas vezes levo as três refeições. Quando não dá tempo de tomar café já levo na mochila, assim como o almoço e lanche da tarde. Antigamete passava na padaria antes do trabalho para tomar café e almoçava em um restaurante próximo, mas com a crise, no que puder economizar estou economizando", disse ela.

Para driblar a crise, muito estabelecimentos estão usando a criatividade para não fechar as portas. "Mudamos nosso cardápio e cada dia da semana estamos com uma promoção. Oferecemos o prato do dia por um preço mais baixo para atrair os clientes, além disso colocamos atrações de quinta a domingo, e apesar de termos dimunuido o quadro de funcionários, estamos conseguindo nos manter nessa crise toda", comentou Carlos Almeida dono de um restaurante na orla da cidade.

Em Sergipe são mais de 5 mil estabelecimentos de alimentação (bares, restaurantes, lanchonetes, entregas de comida pronta). O cenário fortalece outra concorrência, o serviço de entregas em domicílio. Agora com os aplicativos aumentou o número de promoção e as pessoas preferem pedir comida a sair de casa, principalmente quando a ideia é economizar.