09/09/2019 as 11:42
AracajuAlém dele, Projeto Tamar mantém outras espécies de peixes no local.
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA
De repente, você está passando pelos lagos que circundam a Orla de Atalaia, nas imediações do Oceanário de Aracaju, e, para a sua surpresa, um peixe enorme se projeta para fora da água com o intuito de respirar. Que susto, não é mesmo?
Pois bem, isso aconteceu com o mineiro Múcio Ceribelli. Ele reside em Aracaju há cerca de 20 anos e todas as manhãs caminha na região dos lagos.
“Eu sempre estou por aqui e vejo esse peixe que deve chegar a uns três metros de comprimento. É grande mesmo. Aliás, ele não está sozinho, tem outros da mesma espécie por aqui. Um dia desses fui fotografar uma garça e caí dentro do lago e fui ajudado pelas pessoas para sair. Mas pense num sufoco. Eu ali e esse peixão me rodeando. Mas é lindo demais”, conta Múcio.
O peixe em questão é o pirarucu. Segundo o biólogo do Projeto Tamar, Rauber Garcia, existem, no lago, cinco peixes dessa espécie. Por lá também podem ser encontrados tambaquis, surubins e tilápias.
“Trata-se de peixes que foram transferidos do nosso projeto para o lago e são mantidos por nós do Tamar. Nosso pessoal alimenta pela manhã, mas eles possuem um ecossistema próprio e se alimentam de forma autônoma com peixes que também estão no lago. Hoje são cinco pirarucus que estão por lá”, afirma Rauber.
O biólogo alerta para os cuidados que os visitantes devem tomar com relação à alimentação e convívio não apenas com o pirarucu, mas também com outras espécies existentes no reservatório.
“O pirarucu é um animal selvagem e isso significa que as pessoas não devem interagir, como por exemplo tocar nos peixes. Isso pode ser perigoso. Além disso, os alimentos não devem ser jogados para os animais. Esses alimentos que não fazem parte da dieta natural dos peixes podem causar o óbito”, ressalta Rauber Garcia.
Vale ressaltar que o lago é um local protegido e que é terminantemente proibida a prática de pesca por lá.
O Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e da Sustentabilidade (Sedurbs), informou, através de nota, que a manutenção dos lagos da orla é de inteira responsabilidade da pasta.
Além disso, é realizado rotineiramente o monitoramento da qualidade da água dos lagos, com o objetivo de manter o bioma local dentro dos parâmetros da legislação vigente. E, também, segue os padrões de balneabilidade exigidos em lei por meio da Resolução Conama 274/2000.