24/01/2020 as 17:25

SEGUNDO ECONOMISTA

Saldo positivo de emprego em 2019 em SE é insignificante, perto da taxa de desemprego

Com mais de 150 mil desempregados, o saldo positivo de 2.374 é mínimo, acredita o economista Luís Moura

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O Cadastro Geral de Empregos e Desempregos (CAGED), do Ministério da Economia, divulgou dados relacionados ao ano de 2019, onde o Brasil apresenta saldo positivo de 644 mil novas vagas de trabalho em relação ao ano anterior. Sergipe também registrou saldo positivo de 2.374 empregos celetistas em 2019, equivalente a um aumento de 0,83%, em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do ano anterior.

Frente a uma taxa desemprego de 15%, a quarta maior do país, o saldo positivo em 2019 é “insignificante”, segundo afirma o economista do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio Econômicos de Sergipe (DIEESE), Luís Moura.

“Nós temos 159 mil sergipanos desempregados. O saldo de 2 mil é insignificante perto do número de trabalhadores desempregados. Na realidade, aqui contrata muito, mas também demite muito. Mas, em qualquer sorte, esse ano foi melhor do que o ano passado. Aponta melhoria do emprego celetista, mas não será suficiente para resolver o problema do desemprego”, afirma o economista.

No levantamento feito pelo Dieese, com dados do Caged, em dezembro de 2019, foram admitidos 5.818, e desligados 6.831, resultando em saldo negativo de -1.013 empregos com carteira assinada. Já no acumulativo do ano de 2019, foram admitidos 88.163 e desligados 85.789, resultando em saldo positivo de 2.374 novas vagas de trabalho.

“O problema todo é que os empregos que estão sendo gerados são trabalhos intermitentes, tempo parcial, e de até dois salários mínimos. O que reforça que o saldo positivo não é suficiente para diminuir a taxa de desemprego de Sergipe”, acrescenta Moura.

No Brasil foram admitidos 16.197.094 e desligados 15.553.015 resultando em saldo positivo de 644.079 empregos celetista equivalente a um aumento de 1,68% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do ano anterior.

|Da Redação do JC Online

||Foto: André Moreira