06/02/2020 as 08:28

TRT-SE

Cimentos Nassau: leilão da fábrica acontece hoje

Fábrica será vendida para pagar dívida trabalhista, que chega a R$ 90 mi

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Acontece hoje, às 13h, na sede do Tribunal Regional do Trabalho 20ª Região (TRT 20), em Aracaju, o leilão do Complexo Fabril, de Exploração Mineral e propriedades adjacentes, conhecido como fábrica de cimentos Nassau, ligada ao grupo Itaguassu Agroindustrial, localizada em Nossa Senhora do Socorro. O leilão do empreendimento ocorrerá para quitar o pagamento da rescisão de trabalhista de mais de 300 ex-funcionários que não receberam seus direitos após o fechamento do empreendimento. A dívida trabalhista chega aos R$ 90 milhões.

O complexo é avaliado em R$ 1.056.235.827,22 e o lance inicial é de R$ 528.117.913,61. Segundo o edital, a partir de hoje, dia 6, “o extrato da relação detalhada dos processos, com os respectivos bens levados a leilão, estará disponível no sítio eletrônico do TRT20, www.trt20.jus.br, bem como no site www.lancese.com.br, ocasião em que também estará possibilitada a tomada de lances”.

Além disso, conforme detalha o edital, “quem pretender arrematar os ditos bens deverá ofertar lances exclusivamente pela modalidade eletrônica (online), através do site www.lancese.com.br, sendo considerado vencedor o maior lance obtido por meio de disputa eletrônica no momento de fechamento do lote”.

“Quaisquer esclarecimentos, bem como cópias do edital com os bens a serem leiloados, poderão ser obtidos com o leiloeiro oficial, Valério César de Azevedo Déda, pelo e-mail: contato@lancese.com.br ou pelos telefones (79) 3211-6418 / (79) 99984-0984 / (79) 99836-5206/ (79) 99978-5008/ (79) 99843-2106”, informa o certame.

Relembre a crise da Nassau
Após passar por uma crise e fechar as portas em 2016, a fábrica de cimentos Nassau, ligada ao grupo Itaguassu Agroindustrial, ainda não pagou a rescisão trabalhista a cerca de 300 ex-funcionários. Para garantir o pagamento, o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Cimento, Cal, Gesso e Cerâmica de Sergipe (Sindicagese) entrou com uma ação na Justiça e espera agora que a fábrica seja vendida para finalmente os demitidos receberam o que é de direito.

O prédio estava para ir a leilão no dia 28 de janeiro de 2019, mas os donos conseguiram um recurso na Justiça questionando o valor e o imóvel foi retirado do leilão para reavaliação.

A empresa, que começou uma crise em 2015 foi ao longo deste ano demitindo diversos funcionários e chegou a sugerir que os trabalhadores aderissem a um plano de desligamento voluntários (PDV). Na época, o JORNAL DA CIDADE acompanhou todo o drama.

|Texto: Grecy Andrade

||Foto: Jadilson Simões