20/05/2020 as 08:34
MOSQUITOAlém disso, outros 335 casos estão em investigação.
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Até o fim da semana, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS), deve divulgar mais um boletim com o cenário epidemiológico das arboviroses causadas pelo mosquito Aedes aegypti em Sergipe. Em primeira mão, a equipe de reportagem do JORNAL DA CIDADE teve acesso ao documento que aponta que, este ano, 127 pessoas já foram diagnosticadas com dengue no Estado.
Além disso, outros 335 casos estão em investigação. O boletim ainda traz os municípios com o maior número de casos confirmados, são eles: Aracaju, Lagarto, Nossa Senhora do Socorro e Simão Dias, todos eles com um volume grande de população.
Para a gerente do Núcleo de Endemias da Secretaria de Estado da Saúde, Sidney Sá, os números acendem o sinal de alerta para a doença e não deixam de ser monitorados mesmo diante da pandemia da Covid-19. “Mesmo em período de pandemia, nós da Secretaria de Saúde não deixamos de monitorar e realizar ações de combate à dengue. Como é uma situação atípica, nunca vivida por nós, a gente precisa ajustar algumas rotinas que se fazia e que agora, nesse momento não tem como fazer. Mas a preocupação em relação à dengue é constante, porque independente de pandemia o vírus da dengue também está circulando e de uma forma que a gente já conhece. Então, a gente pode atuar com maior eficácia, com maior efetividade. A gente conhece que o vírus circula através do mosquito”, explica Sidney.
Questionada sobre a chegada do período de chuvas e o aumento no número de casos, a gerente afirma que não existe uma relação de uma coisa com a outra. Porém, é importante estar atento ao acúmulo de água. “Geralmente, a chuva vem acompanhada por uma diminuição de temperatura. Quando se diminui um pouco a temperatura há uma diminuição na quantidade de vetor, mas isso não quer dizer que possa diminuir o número de casos. O que vai acontecer é que o vetor, no Verão, leva em média de cinco a sete dias para chegar à sua fase adulta, que é a fase que ele se reproduz. Na época de chuvas leva dez dias ao invés de sete, então eu continuo tendo vetor. É importante que a população fique consciente de que na época das chuvas o risco continua do mesmo jeito.
O risco pode aumentar em decorrência do acúmulo de água em locais indevidos. Para que a gente não sofra, a gente precisa continuar tomando as medidas devidas”, alerta a especialista. Ainda esta semana a SES deverá realizar uma videoconferência com as Secretarias de Saúde dos municípios para orientar sobre o trabalho das equipes de endemia no combate à dengue.
|Da Redação do JC
||Foto: André Moreira