14/09/2020 as 08:23

OPORTUNIDADE

Retomada de empregos ainda é lenta em SE

Com a retomada econômica, muitas pessoas voltaram a procurar por uma nova oportunidade de emprego

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Segundo levantamento divulgado pela Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia, o mês de agosto registrou queda de 18,2% em requerimentos de seguro-desemprego, na comparação com o mesmo mês do ano passado.

De acordo com o economista e professor Neidázio Rabelo, esse decréscimo de solicitação de rescisão contratual, conforme apontam os dados, pode significar que a aceleração nas demissões está diminuindo, enquanto as contratações voltaram a subir. Para ele, é possível esperar por números positivos para o mês de agosto em vários setores, sobretudo no de serviços. “Esse é o setor de maior abrangência em temos de empregabilidade, embora tenha sido o que mais sofreu na crise, porque muitos foram parados ou até mesmo aniquilados. Mas, é o maior empregador do Brasil, e com a economia dando sinais de retomada, junto com as atividades de serviços, vai nortear o crescimento no país”, acredita o economista.

Ainda conforme Neidázio, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), mostram que o mês de julho de 2020 marcou uma retomada positiva da economia do ponto de vista do emprego. O saldo foi positivo, com cerca de +131.010 mil novos postos de trabalho formal, entre demissões e admissões, com o setor da Indústria em primeiro lugar, com mais de 53 mil contratações, em seguida a Construção Civil, com mais de 41 mil contratações, o Comércio, com 28 mil novas vagas, o Agronegócio, com cerca de 23 mil contratações, e por fim, o de Serviços, com 15 mil. “Esses foram os setores que se mostraram positivos na criação de empregos. Cada setor desse, entre demissões e admissões, tiveram números positivos para mais. Isso mostra que a economia, dinamicamente, volta a funcionar de forma pungente. Porque o emprego é o último item do setor econômico a se recuperar. Quando o emprego volta, é porque todos os outros setores demonstraram vigor em seu crescimento”, explica. O Nordeste apresentou resultado positivo no mês de julho, em temos de emprega.

Com a retomada econômica, muitas pessoas voltaram a procurar por uma nova oportunidade de emprego. Um aliado nessa busca é o Núcleo de Apoio ao Trabalho (NAT). Mas, para se candidatar às vagas que são disponibilizadas pela instituição, o trabalhador precisa estar cadastrado e manter esses dados atualizados. Assim, o NAT traz orientações para aproximar o candidato a uma vaga de trabalho. O superintendente de Trabalho e Renda, da Secretaria de Estado da Justiça, do Trabalho e da Defesa do Consumidor (Sejuc), Diego Matos, explica como os interessados devem proceder para ter acesso às vagas que são encaminhadas à instituição. Primeiramente, é necessário que seja feito um cadastro e que os dados sejam validados junto ao NAT. “No caso do primeiro cadastro, os trabalhadores interessados deverão se cadastrar no portal Emprega Brasil, e, em seguida, validar o cadastro junto ao NAT, através dos canais telefônicos ou por e-mail. Faz-se a solicitação e a equipe entra em contato. Os números são (79) 3222- 6949 e 3222-6242.

O e-mail é nat.matriz@sejuc.se.gov. br”, detalha. Já para aqueles que possuem o cadastro, Diego Matos esclarece que é necessário manter as informações pessoais atualizadas. “O trabalhador interessado em atualizar o seu cadastro do NAT, deverá fazê-lo através do portal Emprega Brasil. Lá entrará com o CPF ou PIS, e fará as atualizações necessárias”, informa. Essa atualização permite que os candidatos às vagas disponibilizadas pela instituição apresentem novas experiências e qualificações pelas quais passaram recentemente. ”Uma vez que a demanda no mercado de trabalho é muito dinâmica, nesse período ele pode ter tido experiências de emprego, cursos de qualificação voltados às demandas que o mercado de trabalho está pedindo. Atualizar essas informações é muito importante”, ressalta. bilidade, com 22.664 novas vagas formais preenchidas.

No entanto, o Estado de Sergipe, segundo o economista, se manteve em equilíbrio: não positivo, mas também não muito negativo. Dados divulgados pelo IBGE comprovam a perspectiva. Segundo dados do órgão, a taxa de desocupação (19,8%), ou desemprego, teve um salto de 4,3 pontos percentuais (p.p.) no segundo trimestre de 2020 na comparação com o primeiro trimestre de 2020, e um salto de 4,5 p.p. em relação ao segundo trimestre de 2019.

Estatisticamente, as duas variações são estatisticamente significativas. Essa é a segunda maior taxa de desocupação entre as 27 unidades da federação, logo atrás da Bahia, que registrou 19,9%. “O nosso estado ainda não demonstra sinais vigorosos de retomada de crescimento. Os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, foram os dois que apresentaram decréscimo nas contratações, portanto, não estão como outros estados que estão crescendo, a exemplo de São Paulo, e Mato Grosso”, pontua Neidázio. Ainda conforme o professor, o resultado no setor de serviços em termos de empregabilidade, no momento, varia de estado para estado, visto que alguns decidiram pela retomada do comércio mais cedo, outros, mais tarde.