Não há previsão de retorno para médicos do INSS

Jadilson Simões

Os cidadãos que precisam realizar perícia médica no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) vão ter que aguardar, pois não há previsão de retorno dos médicos peritos ao trabalho. Segundo a Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social (ANMP), as agências ainda não cumprem as exigências sanitárias necessárias para o retorno ao trabalho. Em Sergipe, os médicos realizaram uma vistoria nos postos do INSS da capital e fizeram algumas exigências antes do retorno aos postos.

De acordo com Raimundo Brito, superintendente do INSS em Sergipe, a perícia médica não está funcionando e não há previsão de retorno. “Os médicos fizeram uma vistoria e passaram uma relação de itens que ainda faltavam, como termômetros, toucas, dispenser de álcool em gel, lixeiras e até uma rota de fuga.  Todos os itens relacionados à prevenção da Covid-19 foram cumpridos e providenciados, e não tem mais nada faltando”, disse.

Questionado sobre quando retornarão, Brito informou que os peritos iriam novamente às agencias fazer uma nova vistoria, mas como eles não são servidores do INSS não há como afirmar nada sobre o retorno destes servidores. “O INSS tem 23 peritos, sendo que só retornaram 11, sendo oito na agência do Siqueira e três na da Ivo do Prado, os demais são do grupo de risco. Esperamos que nessa nova vistoria eles vejam que já está tudo dentro do protocolo para evitar a contaminação pela Covid-19 e que não vejam impeditivos para o retorno”, pontuou o superintendente.

Mesmo com a falta dos serviços de perícias, outros quatro serviços voltaram a ser realizados: Cumprimento de Exigências; Defesa Mob; JA (justificativa administrativa) e JJ (Justificativa Judicial). Segundo o coordenador geral do sindicato, Antônio Joaquim, não há fluxo de segurados em nenhuma agência do INSS, devido ao travamento do agendamento das perícias. Os demais serviços, como a demanda é baixa, conseguem ser realizados sem demora.

“Menos de 15 servidores do INSS voltaram ao trabalho, os demais estão no grupo de risco, por isso o retorno está sendo gradual, pois não tem a totalidade de servidores. Quanto aos médicos, eles não fazem parte do quadro do INSS e ainda estão resolvendo quando voltarão ao trabalho”, finalizou Antônio Joaquim.

|Por Grecy Andrade/Da equipe JC

||Foto: Jadilson Simões