24/09/2020 as 08:45

EM SERGIPE

Taxa desemprego chega a 13,2%, mas número de pessoas ocupadas teve primeira alta

Aumento no número de pessoas ocupadas, porém, não significa que diminuiu o número de pessoas desocupadas, ou seja, o chamado desemprego continuou a subir

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Taxa desemprego chega a 13,2%, mas número de pessoas ocupadas teve primeira altaAgência Brasil

Em Sergipe, 1,843 milhão de pessoas tinham 14 anos ou mais de idade em agosto e, de acordo com os conceitos utilizados na pesquisa, foram consideradas “pessoas em idade de trabalhar”. Desse contingente, porém, apenas 745 mil pessoas estavam ocupadas em agosto, ou seja, tinham um trabalho. Desde maio, quando a Pnad Covid19 teve início, o número de pessoas ocupadas vinha caindo em Sergipe: eram 826 mil naquele mês, 806 mil em junho e 737 mil em julho. Em agosto, esse número aumentou pela primeira vez, chegando aos atuais 745 mil.

O aumento no número de pessoas ocupadas, porém, não significa que diminuiu o número de pessoas desocupadas, ou seja, o chamado desemprego continuou a subir. Para as estatísticas de mercado de trabalho, são consideradas desocupadas as pessoas que não tinham trabalho, mas que estão disponíveis para assumir uma ocupação e estão em busca de emprego. Em essência, essas pessoas compõem, junto com as pessoas ocupadas, a chamada “força de trabalho”. Quando aumenta o número de desocupados, aumenta a pressão sobre a força de trabalho. Desde o início da Pnad Covid19, esse indicador para Sergipe tem tido altas sucessivas: apenas 65 mil em maio, passando a 84 mil em junho, 100 mil em julho e chegando a 114 mil em agosto.

Somados, ocupados e desocupados contabilizavam 859 mil pessoas, sinalizando o primeiro aumento desde maio no número de pessoas na força de trabalho. O restante da população em idade de trabalhar compunha a chamada “pessoas fora da força de trabalho”, isto é, pessoas que nem estavam trabalhando nem estavam procurando um trabalho. Em agosto, essas pessoas somavam 983 mil, depois de ter chegado a 1,001 milhão em julho. Ainda assim, a taxa de participação na força de trabalho permanece abaixo dos 50%, o que significa que há menos gente em idade de trabalhar na força de trabalho do que fora da força de trabalho.

Com os números de agosto, a taxa de participação na força de trabalho, que é o percentual da população na força de trabalho (ocupados e desocupados) no total da população em idade de trabalhar (pessoas com 14 anos ou mais de idade), ficou em 46,6%, depois de ter chegado a 45,5%, menor nível da série histórica, em julho. Já o nível da ocupação, que é o percentual de pessoas ocupadas no total da população em idade de trabalhar, ficou em 40,5%, indicando que a cada dez pessoas com 14 anos ou mais apenas quatro estavam trabalhando.

|Da equipe JC

||Foto: Agência Brasil