14/01/2021 as 11:24
USINAAgência especializada noticiou fechamento do acordo para compra da usina
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A Agência Epbr informou ontem que a New Fortress Energy (NFE), com sede em Nova York, fechou acordos para comprar a Hygo Energy (Golar Power), joint venture 50-50 entre a Golar LNG e a Stonepeak Infrastructure Partners, em uma operação de US$ 5 bilhões, que inclui a compra da Golar Partners – proprietária da Centrais Elétricas de Sergipe (Celse). Instalada no Município de Barra dos Coqueiros, a Usina Termoelétrica Porto de Sergipe I, da Celse, é a maior termoelétrica a gás natural da América Latina.
A NFE vai assumir o controle do principal player do mercado brasileiro para infraestrutura e comercialização de gás natural liquefeito (GNL), em projetos integrados com geração de energia (gas-to-power). A Golar Power, com foco no Brasil, e a Golar Partners operam e detêm unidades flutuantes de regaseificação (FSRUs) e navios para transporte internacional de GNL.
O único ativo em operação da Golar Power, por enquanto, é a usina térmica da Celse, integrada com o terminal do Porto de Sergipe. A Golar Partner, por sua vez, opera um FSRU para a Petrobras. Junto com a compra da Golar Power, foram anunciados acordos com a BR Distribuidora e a aquisição do projeto para o terminal de GNL do Porto de Suape, em Pernambuco. Fechandos os negócios, a NFE desembarcará no Brasil com quatro terminais de GNL, dois no Nordeste, um no Norte e um no Sul do país; e 4,1 GW de potência termoelétrica em usinas a gás. Dando sequência à estratégia da Golar Power, a intenção é atuar também na comercialização de GNL. No anúncio da compra, a NFE cita a possibilidade de suprir toda a região Nordeste.
A Golar Power possui acordo com a BR Distribuidora para formar uma distribuidora de GNL. Por meio de projetos de pequena escala, a Golar vinha estudando formas para desenvolver o mercado de gás em regiões não atendidas pela rede de gasodutos de transporte, além da conexão dos seus terminais, como é o caso de Sergipe. New Fortress Energy A NFE se descreve como uma empresa “de infraestrutura de energia fundada para ajudar a acelerar a transição global para a energia limpa”.
Diz que o objetivo é migrar das operações de “baixo carbono”, com gás natural, para “nenhum carbono”, a partir de hidrogênio verde, gerado a partir de fontes renováveis de energia, como eólica e solar. Hoje, a operação é baseada em terminais de liquefação (exportação), regaseificação (importação) e geração de energia. Sem considerar a aquisição dos ativos da Golar, têm seis projetos de GNL ou geração de energia na América Latina e Caribe, dois nos EUA e um na Europa. Fundada em 2014, abriu capital com um IPO na Nasdaq em 2019.