13/04/2021 as 08:40

VACINAÇÃO

Cerca de 150 jornalistas já testaram positivo para Covid-19

Segundo o Sindijor, quatro profissionais foram a óbito em Sergipe

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Cerca de 150 jornalistas já testaram positivo para Covid-19

Neste último domingo, 11, o jornalismo sergipano se despediu de mais um profissional da categoria, vítima de Covid-19. Jociélio Andrade, ou apenas “Hélio”, como era mais conhecido, atuava como assessor de Comunicação da Torre Empreendimentos e também na Rádio Liberdade FM. Após complicações causadas pelo novo coronavírus, ele não resistiu e faleceu. Este não é o primeiro caso de morte de jornalista por Covid-19 no Estado.

De acordo com o Sindicato dos Jornalistas de Sergipe (Sindijor), outros três homens foram vítimas do vírus: Marcos Antonio Ferreira, mais conhecido como “Bugalu”, de 54 anos de idade, faleceu no dia 2 de julho de 2020. Ele era editor de imagens das TVs Aperipê e Atalaia. Este ano, no dia 2 de fevereiro, o jovem repórter cinematográfico de 39 anos Jadson Simões, ou “Dedé”, como era chamado, também foi a óbito por causa da doença. Em março, o profissional Fladson Amazonas Vieira de Melo, ou melhor, “Rambinho”, também comoveu a categoria após falecer por complicações da Covid-19.

Além disso, outros profissionais chegaram a ficar internados e até mesmo intubados, mas, felizmente, se curaram. Há também aqueles que permanecem neste momento em leito de UTI e enfermaria, na luta contra a doença. Os jornalistas, repórteres, assessores de comunicação, cinegrafistas e fotógrafos, entre outros, estão sempre expostos à doença, já que trabalham, diariamente, em contato com outras pessoas, até mesmo em ambientes hospitalares, para a apuração de notícias, de modo a informar à sociedade.

A profissão tem se mostrado cada vez mais necessária, frente às constantes divulgações e compartilhamentos de fake news. Em tempos de pandemia, para manter a população ciente de datas para vacinação, locais e informações sobre como se prevenir, o jornalismo é a principal fonte, tendo o reconhecimento de serviço essencial. O Sindijor, segundo um dos membros da direção, Milton Alves, vem acompanhando de perto todos os casos confirmados de Covid-19 em profissionais da comunicação, que já somam 150 ao total. “É um número bastante assustador. Tem um estudo que mostra que o Brasil é, hoje, o país que mais mata jornalista por Covid-19. Estamos sempre procurando os familiares e amigos mais próximos daqueles que testam positivo, para acompanhar de perto. A prioridade é prestar auxílio para todos do meio da comunicação, independentemente de estar filiado ou não. E até mesmo para aqueles que não fizeram graduação, mas que atuam na área de maneira efetiva”, explica Milton.

Além disso, o sindicato está pleiteando a inclusão da profissão como grupo prioritário para a vacina contra a Covid-19, visto que se trata de profissionais que não param de trabalhar em nenhum momento, independente das restrições governamentais, por se tratar de um serviço essencial. “A gente tem lutado bastante para que os jornalistas também tenham acesso à vacina. Não queremos, evidentemente, tirar a vaga de um profissional da saúde ou idoso, nada disso. Estamos apenas querendo que a partir do momento que passar essa fase de prioridades que os jornalistas não sejam esquecidos, já que desde o ano passado o jornalismo é considerado como um serviço essencial durante a pandemia”, reforça o sindicalista.

|Por: Laís de Melo
|| Foto: Divulgação