Federação Sergipana de Ciclismo comemora a construção de ciclovia

O deputado Garibalde Mendonça (MDB) citou e comemorou na assembleia legislativa ocorrida na última terça, 4, a proposta de construção da ciclovia que ligará os estados da Bahia e de Sergipe. A iniciativa vem do deputado federal da Bahia, Arthur Lira.
A equipe do Jornal da Cidade entrou em contato com o presidente da Federação Sergipana de Ciclismo (FSC), Jairo Vieira Dantas, para saber a opinião dos maiores contemplados com esse projeto: os ciclistas.

Para Jairo Vieira, a construção da ciclovia é um marco. “É um projeto gigantesco. Será a primeira e única. Não existe outro projeto assim aqui no Brasil. São 320km ligando Salvador e Aracaju”. O cicloturismo gerado pela ciclovia vai transformar o turismo dos dois estados numa amplitude nacional e internacional, já que o ciclismo vem crescendo cada vez mais no país e ter essa possibilidade de tramitar entre Bahia e Sergipe vai atrair não só os cidadãos dos respectivos estados, mas, também, turistas de outros estados e países.

Jairo conta que em outras partes do Brasil já se tem uma atração turística internacional de ciclistas, por justamente ter ambientes que proporcionam essa locomoção com as bicicletas. Ao construir essa ciclovia com toda essa amplitude, é muito provável que os ciclistas de qualquer parte do país e os turistas internacionais queiram usufruir desse novo espaço.
Com o trâmite dos ciclistas, outros setores também são afetados positivamente, como é o caso das redes de hotelarias, pousadas, lojas e oficinas de bicicletas, restaurantes, vendedores ambulantes, e tantos outros. Para ele, “esse é um projeto que vai impulsionar muitos setores dos dois estados, vai mexer com a economia, vai gerar empregos e oportunidades, e o mais importante, vai dar uma grande visibilidade ao ciclismo”.

O presidente da FSC ressaltou a importância da bicicleta nesses tempos de pandemia, por ter sido uma alternativa sustentável e segura, já que demanda de apenas uma pessoa por veículo e não agride o meio ambiente. Ela também se tornou um aliado importante para os atletas profissionais e amadores, que viram no pedalar uma forma alternativa de continuar suas atividades e manter o condicionamento físico. A bicicleta ainda acabou sendo uma ajuda no bolso dos cidadãos que não puderam arcar com o alto preço da gasolina e optaram por ir pedalando aos seus destinos.

No início da pandemia, a Federação Sergipana de Ciclismo seguiu as restrições da quarentena e pararam suas atividades e competições, o que foi difícil, já que mantinham o hábito de pedalar por vários quilômetros pelos municípios e praias do estado em grandes grupos. Eles retornaram as atividades no final de outubro de 2020, com um número menor de participantes, realizando algumas competições e maratonas, mas, decidiram parar novamente, já que os casos da COVID 19 continuaram crescendo.

Questionado sobre a segurança dos ciclistas no longo percurso da ciclovia, Jairo esclarece que por ser um grande projeto que envolve dois estados, com deputados e parlamentares defendendo a proposta, a segurança vai ser um tema prioritário nas reuniões. Na última segunda-feira, 02, houve reunião entre a FSC e os políticos apoiadores, e foi discutido as possíveis ações que proporcionem essa segurança para os ciclistas, como iluminação, placas de sinalização, distância de um metro e meio dos carros, rondas policiais e pontos de apoio aos ciclistas – oficinas para troca de pneu, consertos e compras de peças.

Ele também comentou que pretende conversar com ONGs de mobilidade urbana para entender mais e buscar as melhores opções de assegurar os atletas. Jairo fala que independente de toda essa segurança, que eles evitem pedalar sozinhos, que optem sempre ir em grupos. Ele finaliza dizendo que a ciclovia “é uma sementinha que está sendo plantada. Que os representantes viajaram para Brasília em busca de apoio. Acredito sim que a ciclovia vai sair do papel”.

Essa é uma novidade que vai agradar bastante os ciclistas sergipanos e baianos, e vai, com certeza, aumentar os adeptos à bicicleta. Até o momento, esse é um projeto que só mostra lados positivos. A economia cresce e a natureza agradece.


Foto: Arquivo JC