Conta de energia vai ter acréscimo de R$ 6,24 em Sergipe

As dificuldades do sistema hídrico brasileiro irão promover um aumento na conta de luz. De acordo com o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone, as bandeiras tarifárias devem ser de 20%.

Diante da piora do cenário hídrico, que reduz a oferta de energia das usinas hidrelétricas, Pepitone disse que o governo está estruturando uma campanha nacional de comunicação para incentivar o uso racional da água e da energia elétrica e preparando medidas para incentivar o consumo industrial fora do horário de pico.

or conta da situação das hidrelétricas, a Aneel informou que houve a necessidade de acionamento de mais usinas termelétricas. O acionamento das bandeiras tarifárias reflete o aumento no custo da geração de energia no país. Neste mês de junho, a bandeira em vigor é a vermelha, no patamar 2. Em sua apresentação na Câmara, o diretor-geral da Aneel destacou que o Sistema Interligado Nacional (SIN) viveu, entre o fim de 2020 e o início de 2021, o pior período de chuvas dos últimos 91 anos.

Bandeiras tarifárias

Em Sergipe, de acordo com uma das concessionárias de energia que atua no Estado – a Energisa, os primeiros dias do mês de junho já dão indícios de que o período seco será intenso.

Com a falta de chuvas e altas temperaturas, os principais reservatórios do país estão com os estoques reduzidos, o que motivou a Aneel a anunciar a bandeira tarifária vermelha patamar 2 para o mês de junho.

A Energisa pontuou, ainda, que a Aneel expôs que, sem chuvas nas principais regiões do país, o cenário de reservatórios reduzidos desfavorece a produção de energia pelas hidrelétricas. Na prática, a tarifa de energia elétrica para o consumidor final terá um acréscimo de R$ 6,24 a cada 100 kWh (quilowatt-hora) consumidos. “A mudança na bandeira tarifária incide também sobre os impostos estaduais e federais. Então, todos os consumidores precisam redobrar a atenção, planejar o consumo e rever hábitos individuais e coletivos, no dia a dia, para que consigam economizar energia”, orientou o gerente do Departamento Comercial da Energisa, Wellington Aranha.

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Aneel e funciona como uma sinalização para que o consumidor de energia elétrica conheça, mês a mês, as condições e os custos de geração no país. Quando a produção nas usinas hidrelétricas (energia mais barata) está favorável, aciona-se a bandeira verde, que não tem acréscimos na tarifa.

Em condições ruins, podem ser acionadas as seguintes bandeiras: amarela, com acréscimo de R$ 1,34 por 100 kWh; vermelha patamar 1, com mais R$ 4,16 por 100 kWh; e vermelha patamar 2, com aumento de R$ 6,24 a cada 100 kWh.

|Reportagem: Grecy Andrade/Equipe JC
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