Mais de 230 homicídios dolosos foram registrados em SE este ano

Neste último final de semana, de sexta a domingo, 22, Sergipe registrou um total de 11 vítimas fatais de arma de fogo. Do total, seis foram homicídios dolosos e cinco foram mortes de investigados que entraram em confronto com a polícia durante diligência. O número chama atenção, já que se tratam de mortes violentas.

De acordo com dados da Coordenação de Estatística e Análise Criminal (CEACrim), da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), entre o período de 1º de janeiro a 22 de maio, 233 óbitos por homicídio foram registrados em Sergipe. Um quantitativo quase parecido com o que foi registrado no mesmo período em 2021 (248 ao total), só que com uma redução de 6%.

Dos últimos três anos, o que mais teve registros de mortes por homicídios dolosos foi o da pandemia, 2020, com o registro de 345 óbitos desta natureza no período de janeiro a maio. Já números de mortes por arma de fogo em confrontos com a polícia tiveram um crescimento tanto no comparativo entre 2022 com 2021, como em 2022 com 2020.

Esse ano, por exemplo, foram registrados 88 confrontos, enquanto no ano passado 82, e no ano de 2020, 85 ao total nos primeiros cinco meses do ano. Conforme o levantamento do CEACrim, 80% dos casos de homicídios dolosos registrados em Sergipe estão ligados ao tráfico de drogas. Ou seja, oito a cada dez casos têm relação com esse tipo de crime. “Geralmente as execuções são por disputa pelo território da droga, ou pela dívida com a droga. São esses cenários que, infelizmente, vemos nos homicídios dolosos de Sergipe. Os outros dois casos estão normalmente ligados a crimes passionais ou outros tipos”, aponta a Comunicação da SSP.

Apesar do alto número, a secretaria reitera que, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, no período de 2016 para 2022, houve uma queda de 50% na taxa de homicídios no Estado. “A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informa que, desde 2016, quando houve aumento nas taxas de homicídios dolosos, Sergipe entrou em um processo de investimentos em áreas estratégicas para a segurança pública. A SSP destaca a realização de concurso público para a perícia e para as polícias Civil e Militar. Além disso, também houve a reestruturação de unidades importantes como o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e o Departamento de Narcóticos (Denarc). Aliado a isso, também houve uma atuação mais estratégica da Polícia Militar com ações baseadas nas análises de mancha criminal no estado, com um trabalho alinhado com a Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal (CEACrim), da SSP”, aponta o órgão.

|Por Laís de Melo
||Foto: Jadilson Simôes