11/12/2024 as 09:55
PESQUISA IFAT BRASILAlém disso, apenas 38,1% do esgoto gerado é tratado. Do total de esgoto coletado, o percentual é maior: 82,5%.
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA
Uma pesquisa feita pela IFAT Brasil com a Pezco Economics e a Resolux Company revela os desafios de Sergipe no saneamento básico: 65,3% da população do estado não tem acesso à rede de esgoto, enquanto 8,4% não são contemplados com rede de água. O levantamento aponta, ainda, outras deficiências, como a perda de água nas redes, que chega a 57,6% no estado. Além disso, apenas 38,1% do esgoto gerado é tratado. Do total de esgoto coletado, o percentual é maior: 82,5%.
O estudo também traz dados como cobertura de pavimentação e meio-fio nas áreas urbanas (65,9%), cobertura de vias públicas com redes ou canais pluviais subterrâneos nas áreas urbanas (13,1%) e cobertura dos serviços de coleta de resíduos domiciliares (89,5%). A base das informações são projetos de PPP’s, bancos modeladores, planos de expansão de concessionárias e operadores de serviço. Investimentos A pesquisa faz o raio-X de estados, grandes regiões e país. No Brasil, até 2040, a previsão é a de que R$ 387 bilhões sejam investidos em água e esgoto. O valor revela um ambiente mais favorável para investimentos no setor em comparação a cenários passados, porém, ainda aponta um déficit em relação às estimativas necessárias para a universalização até 2033.
O levantamento aponta que uma média de R$ 25 bianuais serão empregados nos próximos três anos, considerando uma abordagem bottom-up, ou seja, que considera características específicas, não macroeconômicas, de projetos leiloados, em fase de estudo, em consultas públicas a bancos e recursos previstos a estruturas fixas no país. Dos R$ 387 bilhões, 42% serão destinados aos planos de expansão e investimento das operadoras e 35% estão contratados em concessões e PPP’s, com desembolso previsto até 2040. Outros 21% estão em etapa de estudo e modelagem na linha de projetos das agências financeiras e bancos modeladores. E 2% estão em consulta pública e edital para início dos estudos, mas já com investimento divulgado até 2040. “Desde a sanção do marco regulatório, em 2020, o Brasil recebeu o triplo do total investido nas 3 décadas anteriores em apenas 4 anos. As debêntures e o mercado de capitais são ferramentas oriundas de uma maior segurança jurídica. O aumento dos investimentos nos novos moldes também cria um âmbito de crescimento tecnológico, especialmente de acréscimo de tecnologias embarcadas em equipamentos mecanizados para cumprir com os indicadores exigidos de incremento na eficiência dos serviços de saneamento”, declara Renan Andreguetto, gerente da IFAT Brasil.