22/01/2025 as 13:38
REESTRUTURAÇÃOPrefeitura de Aracaju apontou os principais problemas que precisam de atenção
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Os mercados municipais desempenham um papel fundamental na economia local, servindo como importantes centros de interação entre comerciantes e consumidores. De acordo com a Prefeitura de Aracaju, os principais desafios enfrentados pelos mercados municipais da capital incluem a falta de manutenção adequada, a ausência de sinalização eficiente e o desperdício de recursos públicos, com destaque para o consumo excessivo de água.
Em 2024, o Mercado Central Maria Virgínia Leite Franco registrou despesas de cerca de R$ 1.610.016,15 devido à utilização exclusiva de água potável, fornecida pela Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), para limpeza. Nos Mercados Centrais Thales Ferraz e Antônio Franco, localizados na Avenida Rio Branco, os gastos com água chegaram a R$ 769.900,53 no mesmo ano.
Os problemas estruturais afetam diretamente a vida dos trabalhadores. Rafaela Rocha, artesã no Mercado Antônio Franco há 10 anos, comenta que a infilração atrapalha o sustento. "Desde a pandemia, perdi mercadorias, com prejuízo de até R$ 2 mil. Mesmo com a manutenção feita, o problema persiste, especialmente quando chove", disse.
No centro comercial Maria Virgínia Leite Franco, as condições também são críticas na área de pescados. Daniela dos Santos, comerciante de caranguejos, aponta que as câmeras frigoríficas estão danificadas. "O saneamento é precário, e isso afeta tanto a gente quanto os clientes. Muitos preferem comprar fora por causa das condições aqui", explica a comerciante.
Outros mercados setoriais enfrentam dificuldades semelhantes. O mercado do Bairro América lida com questões de infraestrutura física e elétrica, comprometendo o funcionamento. O mercado Carlos Firpo, no Bairro Siqueira Campos, apresenta danos no telhado, inclusive, foi interditado pela Defesa Civil. Já o Miguel Arraes, no Bairro Bugio, sofre com vazamentos no telhado que comprometem a estrutura, prejudicando comerciantes e consumidores. No mercado do 18 do Forte, a área interna está inutilizada, no Viana de Assis, localizado no Bairro Santos Dumont, a falta de uma placa de identificação, a cerca elétrica danificada e o telhado enferrujado colocam em risco a segurança de todos.
A PMA informou que a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), assumiu a responsabilidade de reverter essas questões. Entre as propostas, destacam-se iniciativas, como a perfuração de poços artesianos com base em estudos técnicos, com o objetivo de reduzir despesas e promover a sustentabilidade.
"Nossa intenção é transformar os mercados municipais em espaços que reflitam o potencial e a cultura da nossa cidade. Mas, para isso, precisamos superar os entraves deixados pela gestão anterior no cuidado com o patrimônio público", afirmou o presidente da Emsurb, Hugo Esoj.
Com informações da PMA