28/01/2025 as 16:18
RECONHECIMENTOPara a presidente do Comppir, Maria Elisângela dos Santos, esse alinhamento representa um avanço importante para os militantes do movimento negro
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Dando continuidade às discussões sobre a inserção cultural dos povos tradicionais de matriz africana nas comemorações dos 170 anos de Aracaju, a Prefeitura participou, nesta terça-feira, 28, da reunião ordinária do Conselho Municipal de Participação e Promoção da Igualdade Racial (Comppir), realizada na Casa dos Conselhos. O presidente interino da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), Fábio Uchôa, e a secretária municipal da Família e Assistência Social (Semfas), Simone Valadares, ouviram as demandas e sugestões apresentadas pelos representantes do movimento negro no que diz respeito à programação do evento.
Para a presidente do Comppir, Maria Elisângela dos Santos, esse alinhamento representa um avanço importante para os militantes do movimento negro. “É algo inédito, um marco que estamos começando do zero e, com certeza, vamos avançar”, disse a presidente.
De acordo com Fábio Uchôa, o objetivo é buscar esclarecer dúvidas e dialogar com o grupo, especialmente com os representantes das religiões de matriz africana que participaram do encontro. “Compreendemos as dores das pessoas, o que é natural, considerando o longo histórico de exclusão dos povos tradicionais nos processos festivos de Aracaju. Porém, estamos vivenciando um novo momento”, destacou o presidente interino da Funcaju.
Durante a reunião, os representantes tiveram a oportunidade de opinar sobre a programação, contribuir com informações importantes sobre as ações afirmativas do movimento negro e sugerir artistas que irão compor a programação artística das festividades de aniversário da capital, reforçando a representatividade cultural no evento.
Um dos destaques confirmados na programação é o Mestre Saci, cantor e compositor da comunidade quilombola Maloca, situada no bairro Cirurgia. O artista ressaltou a importância do reconhecimento cultural. “Valorizar os músicos e os mestres que estão vivos hoje é essencial, pois suas trajetórias foram marcadas por muitas lutas e conquistas. Esse reconhecimento é uma forma de reparação por anos de esforço e resistência”, contou.