18/11/2021 as 11:56

CINEMA

Cine Vitória recebe a IV Mostra Sesc de Cinema

Ainda tem a exibição da 2ª mostra cinema, democracia e antirracismo

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Está aberta a IV Mostra Sesc de Cinema, no Cine Vitória, com a exibição de produções sergipanas, tais como ‘Dia de Olga (em casa)’, de Manoela Veloso; ‘Pattaki’, de Everlane Moraes e ‘Casa: um olhar imersivo sobre a luta por moradia em Sergipe, de Luciano Freitas, entre outras. A programação tem início hoje, 18, com duas sessões, às 14h e 19h.

E no sábado, 20, Dia da Consciência Negra, vai rolar 2ª Mostra Taturana de Cinema: Democracia e Antirracismo. Em ‘Dia de Olga (em casa)’, de Manoela Veloso, selecionado na primeira edição Festival Raridades, que se destina à reinserção da pessoa com doença rara, ocorre o registro do dia de Olga, uma criança que convive com o tratamento diário da fibrose cística.

O curta se concretizou durante o distanciamento social, com a sensibilidade de quem faz cinema e todo o transbordar da maternidade. Já ‘Pattaki’, de Everlane Moraes, é um filme-oferenda para Iemanjá que já percorreu diversos festivais, a exemplo do Festival Internacional de Mulheres no Cinema. Realizada em parceria com a Coalizão Negra por Direitos, Associação de Profissionais do Audiovisual Negro (APAN) e Wonder Maria Filmes (Portugal), a 2ª Mostra Taturana de Cinema: Democracia e Antirracismo reúne curtas e longas- -metragens documentais, brasileiros e de outros países, sob a premissa de que não é possível falar em democracia sem se comprometer com a luta antirracista. Por aqui, a mostra tem as parcerias dos Cineclubes Centro São Lázaro, Casa Curta- -Se e Cinema Vitória.

Tem agora um recorte de um curta e um longa com o protagonismo de mulheres na direção dos filmes e perspectiva toda sua execução em meados de dezembro, do corrente ano, com demais parceiros. Em exibição, os filmes ‘Joãosinho da Goméa – O Rei Do Candomblé’, dirigido por Janaina Oliveira ReFem e Rodrigo Dutra; e ‘Sementes: Mulheres Pretas no Poder’, com direção de Éthel Oliveira e Júlia Mariano. O primeiro filme apresenta Joãozinho da Goméa como narrador principal de sua história: as músicas cantadas por ele, performances provocadoras e arquivos diversos ressaltam sua importância para as religiões de matriz africana. A Rainha Elizabeth II disse que se o candomblé tivesse um rei, seria Joãosinho da Goméa, o Rei do Candomblé.

No segundo, a narrativa das eleições de 2018 que, em resposta à execução de Marielle Francose, se transformaram no maior levante político conduzido por mulheres negras que o Brasil já viu, com candidaturas em todos os estados. O documentário acompanhou essas mulheres, em suas campanhas, mostrando que é possível uma nova forma de se fazer política no Brasil, transformando o luto em luta.