03/08/2018 as 14:07

Cultura

“Pérolas para Jobim” encanta público da Orsse em homenagem aos 60 anos de Bossa Nova

Com a proposta de mesclar o erudito ao popular, a ORSSE, em parceria com a dupla Duo Vieira, homenageou os 60 anos de Bossa Nova.

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“Pérolas para Jobim” encanta público da Orsse em homenagem aos 60 anos de Bossa NovaFoto: Pritty Reis

A música popular brasileira sempre será lembrada por seu caráter poético e harmonia espetacular. Com muita maestria, os 60 anos de Bossa Nova foram homenageados pela Orquestra Sinfônica de Sergipe (ORSSE), em parceria com a dupla de musicistas Duo Vieira, e pelo público que lotou o teatro Tobias Barreto na noite da última quinta-feira, 2.

O maestro Guilherme Mannis enfatiza o caráter eclético da ORSSE como uma característica forte e peculiar, pois o grupo busca sempre em sua programação mesclar o erudito ao popular. “Os 60 anos desse movimento musical tão significativo não poderiam passar em branco, então nós alinhamos nossa produção à proposta da dupla Duo Vieira e trouxemos esse belíssimo repertório para nosso público”, frisa Mannis.

O concerto em parceria com a ORSSE foi a décima segunda apresentação da dupla formada pelos musicistas Rebeca Vieira e Ricardo Vieira – O Duo Vieira, criada há sete meses. O Duo apresenta um projeto chamado “Pérolas para Jobim” que nasceu do amor pelo período pré-bossa e da admiração pela música. A dupla atua em diferentes níveis de educação musical e, através de uma entrega artística, fazem releituras de grandes clássicos brasileiros.

Ricardo Vieira é um músico sergipano que explora as possibilidades do violão sete cordas às músicas modernas. Já a cantora capixaba, Rebeca Vieira, possui uma voz sensacional que se adequa perfeitamente às canções. Com amplo conhecimento musical, realizam um trabalho esplendido dentro do cenário brasileiro. “São canções que datam de 1947 até 1958, que é considerado o período pré-bossa. Buscamos explorar pérolas do início da carreira de Tom Jobim que já demonstram a sua genialidade e personalidade múltipla”, expressa Rebeca Vieira. A dupla enfatiza que a parceria com a ORSSE veio como uma coroação para um projeto tão inspirador.

Além de atravessar gerações e possuir um poder de transformar e inspirar pessoas, a Bossa Nova reúne um público sem faixa etária definida. “A Bossa Nova é imortal, pois passa de pai para filho. A ORSSE é uma das maravilhas de Sergipe, graças a Deus o Brasil ainda tem cultura”, disse Nadja de jesus que prestigiou a apresentação emocionada. Outro sentimento que a proposta despertou no público foi o de curiosidade. “Estou muito curioso para ver essa junção de repertórios de épocas tão diferentes, vai ser lindo de apreciar”, comenta Everson Vieira que sempre acompanha a orquestra.