17/07/2019 as 09:24

Ocupando a praça

A ‘Sina’ de um sucesso ‘Brutown’

The Baggios celebra 15 anos, ocupando a praça e compartilhando som com Siba, Joésia Ramos e muito mais.

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A ‘Sina’ de um sucesso ‘Brutown’Foto: Cesar Sartori

Colecionadores de primeiros passos, do início de um tudo incerto, os músicos do trio ‘The Baggios’ celebram 15 anos de andanças, som e letra. Numa comemoração digna de debutantes, Gabriel Carvalho, Júlio Andrade e Rafael Ramos ocupam, literalmente, a Praça General Valadão, no Marco Zero da cidade, hoje, 17, para festejar com público e amigos musicais a trajetória da banda sergipana que ecoa pelo mundo inteiro. 

É mais uma edição do Ocupe a Praça, que apresenta no ‘Liquida Diálogos’, com o produtor da banda, Carlo Bruno Montalvão, e o guitarrista Júlio Andrade, para um bate-papo. Em seguida, o Ocupe a Praça enaltecerá o seu eixo principal exibindo o documentário independente produzido pela The Baggios, intitulado “Brutown”, que conta, justamente, o processo de criação do álbum dentro de estúdio, nome dado ao filme, até repercussão na mídia e destaques nas indicações.


Depois, é sonoridade no palco com os conterrâneos Leo Airplane, Joesia Ramos, Alex Sant’Anna, Arthur Matos, Trio de Metais e o pernambucano Siba. E antes que a festa chegue, acompanhe os primeiros passos e fotos de quem chegou aos 15 anos com alma de eterno aprendiz, sede de mais palcos, mais turnês, mais discos, mais festivais e muito mais sucessos tocando nas ‘ondas radiofônicas e cibernéticas’, como deseja Júlio Andrade, que dá voz à The Baggios e, a seguir, fala das vivências da banda!

Os primeiros...  

Show
“Nosso primeiro show aconteceu em Laranjeiras, no dia 11 de julho de 2004. Tínhamos ensaiado por quatro meses, uma vez por semana, e chegamos nesse dia com várias músicas autorais e alguns covers. Tocamos para umas 150 pessoas, numa praça, e foi um momento incrível para mim, que estava ainda no processo de me aceitar vocalista e ‘frontman’”.

Crítica Musical
“Lembro de ler um texto de Rian Santos em 2006/2007, fiquei realmente emocionado, primeira vez que lia uma análise com tantos detalhes sobre meu trabalho. Tenho até hoje guardado em alguma pasta por aqui”.

Festival
“Em Aracaju, tinha um grande festival, chamado Punka! Meu sonho era tocar nele, lembro que nossa primeira vez que tocamos em Aracaju foi na eliminatória para bandas iniciantes tocar no festival. Não passamos, mas lembro de estar bem feliz em tocar na capital, dentro daquele evento, apesar de ter que esperar o primeiro busão (sic!) para São Cristóvão, na rodoviária, na madrugada (risos)”.

Show emocionante
“Esse não lembro bem exatamente. Mas em 2009, já fazíamos shows bem animados no Capitão Cook, lembro que em alguns deles o público estava bem animado e cantando várias músicas com a gente”.

Canção estourada
“No nosso primeiro EP tinha uma canção chamada ‘Pegando Punga’. Não chegou a tocar em rádios ou TVs, mas era uma das mais pedidas nos shows. E ela falava sobre tentar a sorte na cidade grande”.

Ensaio
“Desse dia eu lembro direitinho. Lucas não tinha pratos, nem baqueta, pedimos emprestado a um amigo e eu também estava usando um pedal de guitarra emprestado. Viemos ensaiar em Aracaju, na rua Lagarto. Era massa demais a sensação de estar vindo iniciar um projeto novo, uma banda que a princípio era só para se divertir. Tocamos três músicas autorais, músicas do Velvet Underground, Jesus and Mary Chains, White Stripes”.

Turnê Nacional
“Fizemos nosso primeiro show fora de Sergipe em 2008. Tocamos no Festival de Ciname, em Goiânia, e depois abrindo o show do Cidadão Instigado, no Pelourinho, em Salvador. Turnê mais longa, a primeira aconteceu em julho de 2009, onde fizemos quatro shows pelo Nordeste”.

Turnê Internacional
“México, 2015. Foi incrível! Fizemos seis shows lá. As pessoas foram muito receptivas e geramos um mini documentário sobre essa nossa experiência. Tem no Youtube”.

O apreço...

“Som forte. Pegada segura. Presença de palco. Os caras não deixam a energia cair um minuto sequer. Mestres, que bela trajetória! Que orgulho! Que venham muitos mais anos! Viva, The Baggios!”, Júlio Rêgo/gaitista.


“A The Baggios é uma banda que está sempre tentando se reinventar, seja mudando de um duo para trio, seja inserindo metais ou trazendo as referências locais para seu som que já é do mundo e isso me faz gostar mais ainda da banda que, pra mim, já é a melhor banda de Rock do Brasil e no palco a banda fica ainda maior. Vida longa, The Baggios!, Alex Sant’Anna/cantor e compositor.


“Ouvir a The Baggios é perceber a cidade, o chão onde pisam, a palavra falada com as nuances que lhe são particulares. É deparar-se com quem os antecedeu, quem lhes deu base. É abismar-se diante de um som tão grande e coeso. É saber que a música feita em Sergipe tem seu lugar no mundo. E que belo lugar... Saudações a esses rapazes tão queridos e talentosos!, Saulo Ferreira/guitarrista.


“A The Baggios sempre foi e sempre será uma expressão cultural e de perseverança aqui no cenário independente de Sergipe. Desde que conheço os meninos, o Júlio, em meados de 2006, a banda só tem alçado voo mais altos e isso é muito bacana e inspirador para nós artistas, do mesmo estado, e que estamos nessa mesma batalha. Então, toda a felicidade do mundo a ‘Baggios’ e vida longa!, Arthur Matos/cantor e compositor.