18/11/2019 as 09:34

São Cristóvão

Curta-SE leva mais de 50 filmes para o FASC

Exibições aconteceram durante três dias no Teatro Elic, em São Cristóvão

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Durante os dias 14, 16 e 17 de novembro, o Festival Internacional de Cinema Iberoamericano de Sergipe (Curta-SE) fez parte do Festival de Artes de São Cristóvão com a exibição de mais de 50 filmes iberoamericanos, incluindo produções sergipanas. As mostras aconteceram no Teatro Elic, em São Cristóvão, de forma totalmente gratuita e para todas as idades.

Este ano, o Curta-SE adotou o tema ‘Ressignific(AÇÃO) para celebrar a vivência histórica do Curta-SE no Audiovisual Sergipano, nacional e seus intercâmbios com outros países. O tema destaca que, mesmo diante da dificuldade de financiamento de projetos culturais, seja por programa públicos ou privados, além das estratégias de resistência nas dimensões da política, o festival se reafirma e ressignifica, garantindo o acesso a bens culturais públicos e gratuitos, e ao direito à cultura cinematográfica diversa.

A coordenadora do Curta-SE no Cine Trianon, Deyse Rocha, destacou a importância da soma de festivais sergipanos no fomento à cultura. “Foi de fundamental importância a união das forças dos festivais genuinamente sergipanos, o Curta-SE e o FASC, para poder fomentar, democratizar o acesso à sétima arte para o público que prestigiou o evento. Exibimos 52 filmes, entre curtas e longas, tendo possibilitado que o público revisse curtas premiados em diversas categorias, bem como tivemos a oportunidade de exibir a Mostra Acessibilidade, fazendo com que o público presente aguçasse seu lado empático, se colocando no lugar do outro, com todos os percalços existentes. Mais uma vez, ganha o público Sergipano, com mais uma edição do FASC!”, afirmou.

Os curtas e longas exibidos também contemplaram os pequenos, a exemplo dos irmãos Dudu e Enzo, que foram até o Cine Trianon e não queriam mais sair. “Sou professora de balé e incentivo sempre a arte. Hoje nós conhecemos a história de Villa Lobos e eles ficaram encantados e não querem mais sair daqui. Muito legal ter um espaço dedicado às mostras. Estão de parabéns!”, disse a mãe.

Das sessões exibidas, a “Acessibilidade, pratique empatia e se coloque no lugar do outro” foi bastante elogiada pelo público, que usou vendas para cobrir os olhos durante o filme. A exibição teve o intuito de aguçar os sentidos do corpo humano e colocar o público em situações rotineiras para quem possui deficiência visual. A jovem Carla Santos foi uma das que aceitou o desafio de participar da mostra e salientou a importância de se colocar no lugar do outro.

“Eu acho que a gente está acostumado apenas a ver os filmes e não usar a imaginação. É preciso enxergar das duas maneiras. Tive que me concentrar muito para não me perder no filme. Achei a iniciativa bem legal, foi uma experiência muito boa”, disse.