17/02/2020 as 11:10

Entrevista

Rogério Alves: ‘Parar, pensar e refletir arte’

Os interessados em participar devem dar aquela espiadinha nas redes sociais do grupo de teatro e ficar por dentro de toda a programação

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Essa é a marchinha ecoante da edição de Carnaval do Blitz Cultural, projeto do grupo Boca de Cena, que tem sede fincada na comunidade Bugio. Como porta-voz do grupo que integra, o ator Rogério Alves convida (e provoca!) o público a ‘parar, pensar e refletir arte’, neste sábado, 15h, no Espaço Cultural Boca de Cena, a partir das 9h. Na programação com oficina de teatro,
debate-simpósio e apresentação do espetáculo “A Paixão de Brutus”, com Pedro Sá Moraes, sobre o Július Caesar, de Willian Shakespeare. Os interessados em participar devem dar aquela espiadinha nas redes sociais do grupo de teatro e ficar por dentro de toda a programação. Foi sobre isso e muito mais que ele conversou com o JORNAL DA CIDADE. Boa leitura. 

JORNAL DA CIDADE– O que é a Blitz Cultural nesta edição primeira de Carnaval?
ROGÉRIO ALVES - Pensando em um Carnaval diferenciado da forma tradicional com bandinhas, frevos e confetes, o grupo Boca de Cena propõe neste Carnaval uma reflexão acerca da cultura e da arte no contexto do tempo presente e tudo isso embalado com apreciações artísticas em diferentes linguagens, provocando o espectador a parar, pensar e refletir arte, objetivo da Blitz Cultural.

JC - É a primeira vez que Pedro Sá Moraes participa?
RA - Sim! E com duas atividades: a oficina teatro canção e o espetáculo “A Paixão de Brutus”.

JC - Desde a realização da primeira edição do projeto, em 2014, foi possível ter esse intercâmbio com artistas de outros estados?
RA - Sim! Lembramos que tivemos na primeira blitz Babaya Moraes e Eduardo Moreira, do grupo Galpão, de Belo Horizonte (MG).
w JC - Quem pode se inscrever e participar?
RA - Para a oficina de teatro, interessados a partir dos 14 anos, sendo a atividade gratuita. Se quiser ganhar certificado só fazer a inscrição no Sigaa / Universidade Federal de Sergipe. Para a mesa de debate, quem desejar se fazer presente e se quiser ganhar certificado, só fazer também a inscrição no Sigaa, da UFS.

JC - Qual a periodicidade da Blitz Cultural?
RA – Nos anos de 2014 e 2015 nós a realizamos durante a semana de aniversário do grupo, que é 17 de setembro. Em 2019 foi ao longo do ano, o que desejamos repetir em 2020.

JC - Como ela tem modificado a relação comunidade-cultura na localidade em que é realizada?
RA - Além de provocar o reencantamento poético do cotidiano através da arte em suas diferentes linguagens, a blitz nos faz refletir sobre questões tão presentes no cotidiano, como violência, abuso, preconceitos, questões ambientais de gênero, dentre outros! Além das ocupações de espaços públicos para apreciação de arte no ato de cidadania coletiva. A gente não quer só comida! Diversão e arte!

JC - Quais as atividades mais procuradas durante a blitz?
RA - Os espetáculos artísticos em suas diferentes linguagens.

JC - Aliar na programação teoria e prática é uma forma dinâmica e de significativa importância para o fazer teatro em Sergipe?
RA - Inegavelmente. Aliar teoria e prática é um dos objetos da Blitz Cultural e a parceria desta edição com a Universidade Federal de Sergipe só vem a fortalecer o nosso projeto pois o diálogo nesse caso é holístico.

JC - Nesse tempo de realização da Blitz, quais as principais conquistas alcançadas?
RA - Um ponto muito importante é a troca que acontece entre artistas (local-nacional) com a comunidade do bairro Bugio com espectadores de outros bairros (que visitam o bairro Bugio) com o Grupo Boca de Cena.