Sergipão: dirigentes não creem em volta no dia 28

Os dirigentes dos clubes que disputam o quadrangular final do Sergipão não acreditam que o campeonato poderá ser reiniciado no dia 28 de junho, conforme sugestão da Federação Sergipana de Futebol (FSF) em reunião de que eles mesmos participaram.

O presidente do Sergipe, Ernan Sena, é o mais enfático deles e não acredita na volta do campeonato nesta data, mas passa a bola para o setor público: “quem está habilitado a dizer são os órgãos de saúde”, avisou. Para Ernan Sena, a data é só um protocolo inicial, mas tudo depende de uma decisão do Governo do Estado e prefeituras municipais.

Mas, segundo ele, tinha que ter um pontapé inicial porque a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) quer o retorno dos campeonatos estaduais para que em seguida volte o Brasileiro. O presidente do Confiança, Hyago França, diz que 28 de junho é uma data razoável para acontecer o primeiro jogo do Sergipão. Mas também afirma que agora não tem condições de chamar os atletas para os treinos no final deste mês, como também foi sugerido pela FSF. “Para que o time possa jogar nessa data é necessário voltar aos treinos, pelo menos, até o dia 13 de junho, desde que haja liberação dos órgãos de saúde”, avisou.

Assim como Ernan Sena, Hyago França deixa a palavra final para os órgãos de saúde, diante da pandemia da covid-19. “Se as autoridades acharem que não há segurança vai ter que adiar mais uma vez”, explicou. O presidente do Itabaiana, Alberto Nogueira, também deixa a palavra final para as autoridades médicas. “A minha avaliação é que, dependendo do comportamento da pandemia e da aprovação das autoridades seriam aplicadas estas datas. Caso contrário, vai mais para frente. Ali foi só uma sugestão”, disse.

Ele destaca que, tanto o presidente da FSF, como os clubes, não tem poder de definir nada. “Há um entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) de que a autorização para eventos com várias pessoas fica a critério de cada governador em seu estado e de cada prefeito no município”. O Só Sergipe telefonou várias vezes para o presidente do Frei Paulistano, Carlos Daniel Menezes, para saber sua opinião, mas ele não atendeu e não retornou às ligações. (Só Sergipe)