19/05/2025 as 07:50
ENTREVISTANesta entrevista, vamos explorar como cuidar melhor do dinheiro, principalmente as crianças e os jovens, para evitar dívidas desnecessárias e construir um futuro financeiro mais estável e equilibrado.
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Em um cenário econômico cada vez mais desafiador, a saúde financeira tornou-se um tema central na vida das pessoas. Mais do que apenas controlar gastos, ela envolve planejamento, disciplina e conhecimento para tomar decisões conscientes e sustentáveis ao longo do tempo. Ter uma boa saúde financeira significa estar preparado para imprevistos, alcançar objetivos e viver com mais tranquilidade. Nesta entrevista, vamos explorar como cuidar melhor do dinheiro, principalmente as crianças e os jovens, para evitar dívidas desnecessárias e construir um futuro financeiro mais estável e equilibrado. Para falar sobre o assunto, convidamos, o economista, empresário e ex-aluno do CCPA, Bruno Macedo de Melo. Ele ministra aulas de Educação Financeira para crianças e jovens estudantes a partir de uma metodologia que explora a praticidade de exemplos e o cotidiano. Confira os principais trechos da nossa conversa:
JC SOCIAL - Como ensinar a crianças e jovens sobre Educação Financeira?
BRUNO MENDONÇA - A melhor forma é com exemplos práticos do dia a dia. Ensinar de forma lúdica, com atividades como jogos, desafios de economia, uso de cofrinhos, pequenas metas, ou até mesadas condicionadas a responsabilidades. O mais importante é tornar o tema próximo da realidade deles, mostrando que dinheiro é uma ferramenta que deve ser bem usada.
JC SOCIAL - Afinal, o que é a Educação Financeira?
BM - É o conhecimento que ajuda uma pessoa a tomar decisões conscientes com o próprio dinheiro. Envolve saber poupar, gastar com responsabilidade, planejar o futuro e entender que cada escolha financeira tem consequências. Não é sobre ganhar muito, mas sobre saber usar bem o que se ganha.
JC SOCIAL - Quais os desafios desse ensino e aprendizado?
BM - O maior desafio é a falta de cultura financeira no Brasil. Muitos pais também não tiveram acesso a esse conhecimento e acabam reproduzindo comportamentos ruins. Além disso, a ansiedade de consumo e a influência da mídia dificultam a formação de bons hábitos. Ensinar finanças exige paciência, repetição e constância.
JC SOCIAL - Qual a importância desse conhecimento?
BM - A Educação Financeira evita dívidas, traz mais liberdade, segurança e abre portas para conquistar sonhos. Pessoas financeiramente educadas vivem com mais tranquilidade, tomam decisões mais inteligentes e conseguem ter um futuro com mais estabilidade e menos sustos.
JC SOCIAL - A partir de qual idade é possível ter esse tipo de Educação?
BM - Desde cedo, por volta dos 4 ou 5 anos, a criança já pode aprender conceitos básicos como troca, valor e espera. Com o tempo, o aprendizado evolui para planejamento, metas, investimento e consumo consciente. Quanto mais cedo começar, mais natural será.
JC SOCIAL - Jovens, ou qualquer outra pessoa, já com hábitos financeiros estabelecidos, consegue aprender?
BM - Sim, com certeza. Mudar hábitos dá trabalho, mas é totalmente possível. É como aprender a se alimentar melhor ou fazer atividade física: exige intenção, prática e disciplina. O segredo está em começar aos poucos e buscar aplicar o que se aprende no dia a dia.
JC SOCIAL - Qual o primeiro passo para uma boa Educação Financeira?
BM - O primeiro passo é o autoconhecimento: entender quanto se ganha, quanto se gasta e com o quê. Sem essa clareza, é impossível melhorar. Depois vem o planejamento, com metas reais e organização. A partir daí, é ir evoluindo com estudo, prática e correções de rota.